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Política

há 7 anos

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Herança amarga: ex-prefeito coleciona multas e deixa 'terra arrasada' para nova gestão

Zé Henrique foi multado quatro vezes pelo TCE/MS neste ano e deixou problemas de infraestrutura, saúde e educação para novo prefeito

Ex-prefeito de Aquidauana, José Henrique Gonçalves Trindade (PDT), deixou uma ‘herança amarga’ para a atual gestão, com déficit de vagas em hospitais, escolas com problemas de infiltração, obras de creches não terminadas e asfalto em deterioração. Ele também foi multado, por diversas vezes, por irregularidades em contratos e erros de gestão.

Na área de educação, Zé Henrique, como é conhecido o ex-prefeito, deixou escolas ‘caindo aos pedaços’. De acordo com o site local O Pantaneiro, a escola Caic Antônio Pace ganhou uma quadra coberta, mas a estrutura ficou comprometida e as salas começaram a molhar por dentro durante as chuvas. Ficaram ainda obras inacabadas de duas creches para o município.

Quando assumiu, o atual prefeito, Odilon Ribeiro (PSDB), destacou que seu maior desafio é sanar a dívida em mais de R$ 30 milhões do Hospital Regional Doutor Estacio Muniz, adquirida nas administrações anteriores. Considerando a assistência médica oferecida em Aquidauana e na cidade gêmea de Anastácio, são quatro hospitais que não atendem a demanda da população.

Gestão

Zé Henrique também falhou na questão gestão. Em 03 de abril deste ano, o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) condenou o ex-prefeito ao pagamento de multa no valor de 50 Uferms, o equivalente a R$ 1.237,00, por irregularidades na compra de medicamentos para o município. Segundo a conselheira Marisa Serrano, o valor total registrado não batia com a licitação e a ata de registro de preços não acompanhou o edital do certame.

Ele ainda foi condenado pelo TCE/MS, em 27 de março, a ressarcir o município em R$ 79.274,24 por irregularidades nos aditivos a contrato com a empresa Mi Consultoria e Assessoria Ltda, que recebeu R$ 143.274,24 para a locação de software público de gestão de saúde, que deveria atender as necessidades da Gerência Municipal de Saúde.

Neste caso, Zé Henrique também foi multado em 721 Uferms, ou R$ 17.837,54, porque não ficou comprovada a implantação do sistema. “Não foram trazidos aos autos quaisquer elementos que comprovem a efetiva instalação do software pretendido, bem como a concretização dos serviços buscados com a sua instalação, assim descritos no Termo de Referência do Edital”, diz o conselheiro Ronaldo Chadid.

Além disso, em 23 de março, ele já havia sido responsabilizado e multado em 100 Uferms (R$ 2.474,00) por não prestar contas para o TCE/MS e se omitir na cobrança de dívida do seu antecessor, Fauzi Muhamad Abdul Hamid Suleiman, por danos ao erário público; e em 369 Uferms (R$ 9.129,06) por não comprovar a aquisição de materiais de expediente comprados por R$ 56.424,00 da microempresa JHD da Silva & Cia Ltda.

Ruas do bairro Alto ficam intransitáveis durante chuvas - Foto: Luiz Guido/O Pantaneiro

Infraestrutura

Todas são decisões deste ano, que ainda cabem recurso, mas os problemas continuam. Na área de infraestrutura, o desafio da atual gestão é recuperar o asfalto já danificado e também realizar obras de drenagem para evitar enchentes durante as fortes chuvas. Conforme O Pantaneiro, o cruzamento da rua João Dias com a João Lopes Assunção, no bairro Alto, fica intransitável em dia de muita chuva, impedindo a passagem até mesmo de carros.

Na região, galhos, restos de entulhos e barro se misturam, até mesmo provocando acidentes. Além disso, são muitos pontos de alagamento pela cidade que não foram resolvidos pelo ex-prefeito. Só em abril, foram registrados alagamentos nas Ruas José Bonifácio, Augusto Mascarenhas e na Manoel Antônio Paes de Barros, deixando alunos, professores e vizinhos da Escola Coronel José Alves Ribeiro ilhados.

A ponte Roldão de Oliveira, também conhecida como Ponte da Amizade ou Ponte Velha, que faz a ligação entre Aquidauana e Anastácio, teve que ser parcialmente restaurada, no início de abril, apenas com pregos e marretas, para recolocar tábuas que estavam soltas. O trabalho é paliativo e não deve durar muito, já que a estrutura não suporta mais a carga de veículos que passa no local.

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