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Política

Para Marun, manter nomeação Cristiane Brasil serve para 'responder' ao Judiciário

Ministro afirmou que um juiz não pode passar por cima de um ato do presidente

02 fevereiro 2018 - 10h46Por Airton Raes e Liziane Berrocal

Durante agenda em Campo Grande, nesta sexta-feira (02), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), destacou que nomeação de Cristiane Brasil como ministra do trabalho se tornou uma disputa com o Judiciário. “Trocar seria mais fácil para o Governo, mas não vamos aceitar que o Judiciário faça isso. Não vamos mudar de nome. Um juiz de primeira instância não pode passar por cima de um ato do presidente da República”, destacou.

Marun defendeu o vídeo onde Cristiane Brasil aparece em um iate com quatro homens em situação informal se defendendo da suspensão de sua posse como ministra. “Quem vai ao litoral não vai de terno e gravata. Ela está no Brasil e não vai à praia de burca”, destacou Marun.

O ministro ressaltou que a presidência da República irá insistir no nome de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho. “Vamos insistir que os atos do presidente sejam respeitados”, afirmou Marun.

Carlos Marun criticou também o espetáculo midiático criado pelo Judiciário brasileiro. “Sou contra julgamento se transformar em programa de televisão. Daqui a pouco vamos ter camarim nos fóruns para os juízes ficarem mais apresentáveis”, disse Marun se referindo às sessões que são transmitidas ao vivo pela televisão.

A nomeação de Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente Michel Temer no dia 3 de janeiro, mas a deputada foi impedida de tomar posse por força de uma decisão liminar do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro. Em seguida, a posse também foi suspensa por decisões da segunda instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro e do Supremo Tribunal Federal.