Desde outubro do ano passado, policiais militares veem com discórdia a emenda que mudou para Polícia Municipal a nomenclatura da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande. A conversão tem sido questionada na Justiça a pedido da corporação militar. Desde então, as desavenças têm deixado a esfera judicial e seguindo para um rumo temerário.
Para a PM, a Guarda Municipal devia se preocupar em zelar pelos bens, serviços e instalações do município, nada mais. No entanto, a Polícia Municipal anda armada e combate outros crimes, antes lidados somente pelos militares.
O último conflito envolvendo as corporações ocorreu no fim de semana quando militares invadiram o prédio da Polícia Municipal e prenderam um guarda por ele não ter devolvido uma bicicleta que havia sido roubada. A ação desagradou Valério Azambuja, o chefe da Polícia Municipal.
O assunto entrou na pauta de discussões dos vereadores da cidade, que aprovaram a mudança da nomenclatura da Guarda Municipal.
Para o vereador Wellington Oliveira (PSDB), que é delegado da Polícia Civil, a PM não deveria se incomodar com a situação.
“Eles [PMs] deveriam levantarem as mãos para o céu pelos policiais municipais que têm ajudado a população, que também estão combatendo o crime. Tem de se respeitar essa contribuição”, afirmou o delegado Wellington.
“Sei que alguns não concordaram com a mudança na nomenclatura, mas não vejo motivo nisso. Creio que as duas corporações devem, sim, se tratarem com respeito”, completou o vereador, um dos autores da proposta que tornou os guardas em policiais municipais.