O vereador Tiago Henrique Vargas, PSD, foi condenado a quatro meses de detenção, por injúria contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O crime foi cometido por meio das redes sociais, no dia 7 de julho de 2021. Cabe recurso.
Conforme o processo, o parlamentar fez duas postagens na rede social, que motivaram o governador do MS a acionar a Justiça. A primeira foi em 2 de julho do ano passado, quando Vargas percebeu uma fiscalização de trânsito da Polícia Militar e achou injusta, culpando o chefe do executivo.
''Reinaldo, você não tem vergonha na cara... Você é um dos maiores corruptos do Estado... deveria estar preso... Infelizmente, blitz que prejudica nosso trabalhador, prejudica nosso trabalhador. Torno a dizer, poderia ser blitz da guarda municipal da Agetran, estaria fazendo o meu papel.... você não tem vergonha... '', disse o vereador em vídeo.
No dia 7 de julho, Tiago Vargas voltou às redes sociais. Ele estava inconformado por Reinaldo ter movido um processo cível contra ele e disparou:
''Canalha e Corrupto. Governador quer de mim 50 mil reais. Penalizar os nossos trabalhadores pode, agora ouvir verdades... '', desabafou o ex-policial civil.
As duas partes foram chamadas para conciliação, mas não houve acordo. O processo seguiu e foi julgado pela juíza de Direito, Eucelia Moreira Cassal. Sobre o vídeo em 2 de julho, referente à blitz de trânsito, a magistrada entendeu que o parlamentar está protegido pela imunidade parlamentar.
Cassal justificou que a reclamação de Tiago tinha relação com o mandato dele e, embora feita pelas redes sociais, que tem alcance quase que imensurável, ficou restrito à cidade onde o vereador atua. Sendo assim, ele foi absolvido do crime de difamação e injúria.
Já sobre a gravação de 7 de julho, a juíza observou que Vargas ofendeu o governador sem qualquer relação com a atividade política ou com o mandato de parlamentar. Tiago simplesmente atacou Azambuja por estar inconformado com um processo que o tucano havia movido contra ele.
Tiago Vargas pegou pena de quatro meses de detenção, a ser cumprida em regime aberto. Ele pode recorrer em liberdade.
