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Política

Vídeo: deputado bolsonarista chama arcebispo e papa de “vagabundos” e “pedófilos”

"Pátria amada é a pátria que não se submete a essa gentalha", alegou

17 outubro 2021 - 11h06Por Diana Christie

O deputado estadual Frederico D’Avila (PSL-SP) subiu o tom contra autoridades da igreja católica depois que o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, disse que ‘pátria amada não é pátria armada’.

Em uma série de ofensas direcionadas ao arcebispo, à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e ao papa Francisco, D’Avila chamou os religiosos de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos”.

“Seu safado da CNBB dando recadinho para o presidente [Bolsonaro], para a população brasileira, que pátria amada não é pátria armada. Pátria amada é a pátria que não se submete a essa gentalha. (…) Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito, do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos safados, a CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil”, disse

Os impropérios foram proferidos em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo, na última quinta-feira (14/10). Ele ficou indignado com o discurso de dom Orlando durante a missa pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, conforme o Metrópoles, o arcebispo fez críticas à política armamentista de Jair Bolsonaro e defendeu a ciência e a vacina.

Bolsonaro se pronunciou sobre a declaração do clérigo na quarta-feira (13), e acusou a imprensa de veicular o fato apenas no dia em que ele havia chegado a Aparecida.

“No dia 11, em Brasília, o bispo disse que ‘pátria amada não é pátria armada’, respeito a opinião dele. Somente no dia seguinte, quando estive em Aparecida, que a imprensa falou que ele disse isso no dia 12. Ele não falou, ele é uma pessoa educada. Não iríamos discutir abertamente aí, até porque não tinha microfone, não tinha como discutir. Respeito os bispos e todos que têm uma posição diferente da minha”, alegou o presidente.