Muitas pessoas conhecem o HIV, mas ainda não ouviram falar do HTLV, que é um vírus da mesma família do HIV e que a maioria dos infectados não toma conhecimento de que possue o vírus. A maioria dos casos permanece assintomática e as pessoas acabam transmitindo a doença sem saber.
De acordo com a o IPED (Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnóstico da APAE), uma pequena parcela desenvolve manifestações clínicas graves, como leucemia, uveíte, doenças reumatológicas, polineuropatias, além de poder causar uma imunodepressão subclínica e facilitar a infecção por patologias oportunistas, como hanseníase, estrongiloidíase e tuberculose.
A infecção ocorre através do contato sexual, contato com sangue ou secreções (transfusão, transplantes, uso de drogas injetáveis) e transmissão vertical (transmissão de mãe para filho). Na transmissão de mãe para filho, ocorre através do aleitamento materno em 20% dos casos e por transmissão intrauterina ou perinatal, em 5% dos casos.
O diagnóstico é laboratorial através do teste de triagem, realizada em todas as gestantes atendidas pelo SUS no Estado, que ingressam acompanhamento de pré-natal, pelo método Elisa, amostra de sangue do papel filtro, para pesquisa de anticorpos contra esse vírus.
A mãe que se deparar com o resultado positivo, passa pela técnica do Western Blot, no próprio laboratório da IPED/APAE. As gestantes são encaminhadas para o pré-natal de alto risco e os recém-nascidos são acompanhados nas redes de saúde municipal, ou estadual, sendo triadas aos seis meses de vida continua sendo o melhor remédio.
* Matéria editada às 15h13 de 10/4 para correção de erro de digitação da sigla HIV