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Saúde

06/08/2022 18:42

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Hospital destaca que processos estão no começo e 'inocência será provada'

"Ao final do processo é que ficará demonstrado e comprovado a verdade dos fatos", destaca o HPLAS

Em nota, o Hospital da Plástica (HPLAS) destacou que os processos movidos contra o estabelecimento "estão em fase inicial de discussão na justiça, inclusive nenhuma perícia foi realizada até o momento, não havendo imputação ao hospital de nenhuma conduta ilícita, de nenhum erro, ou falha na prestação dos serviços hospitalares".

"Lembramos que todos os cidadãos brasileiros têm direito de ingressar no judiciário para requerer o que entende ser seu direito, mesmo não tendo razão e somente ao final do processo é que ficará demonstrado e comprovado a verdade dos fatos", finaliza a nota de esclarecimento.

O hospital voltou a ser assunto, neste sábado, após a morte do famoso e querido empresário de Campo Grande, Paulo Roberto Hans, 65 anos, um dia após fazer uma cirurgia plástica no rosto. Ainda não ficou esclarecido se houve algum problema com o procedimento, no entanto, foi lembrado que o hospital, onde ocorreu o procedimento, responde duas ações por erros médicos graves. 

Uma das ações corre na 11ª Vara Cível de Campo Grande e foi movida por um gerente agropecuário. Consiste em ''ação de indenização por danos estéticos, materiais e morais''. No detalhe da queixa, consta que o réu é o médico que fez o procedimento, Marco Aurélio Ratier Jajah Nogueira, que também é sócio-administrador da unidade de saúde.

As advogadas detalham que o paciente teve diagnóstico de hérnia abdominal e seria operado. Uma gastroenterologista informou que o gerente deveria contratar um cirurgião plástico para operar junto com ela, e assim garantir os resultados estéticos do pós-operatório. 

''... lhe fora garantido, pelo cirurgião plástico, que a cirurgia ficaria perfeita e para que o resultado fosse ainda mais satisfatório, era necessário, também, uma lipoaspiração no momento da cirurgia, pois esta retiraria acúmulos de gorduras, possibilitando mais formosura estética'', diz o pedido das defensoras. 

''As operações (hérnia e dermolipectomia abdominal estendida com tratamento cirúrgico de diástase retos abdominais), ocorreram em abril de 2018. Porém, dez dias depois, o paciente seguia com febre alta e dores abdominais. O gerente agropecuário manteve contato com o médico, que respondeu que o problema era ''sintoma normal'' do pós-cirurgia. 

Ao paciente, foram indicadas sessões de drenagens linfáticas para ajudar no pós-operatório, o que custou mais R$ 2.067. No entanto, os problemas continuaram. 

''Devido à falta de assistência necessária, no local da lesão formou-se um enorme seroma que, após romper-se expurgando líquidos, necrosou, deixando a ferida cirúrgica aberta'', garante a defesa do paciente. 

O cirurgião plástico foi procurado novamente e constatou a necrose. Ele operou a vítima de novo (desbridamento de ferida de abdome), 12 dias após a primeira cirurgia. No entanto, cinco dias depois da 2ª alta, a febre e as dores persistiram. 

O médico então encaminhou o paciente para novo procedimento, que resultou em alta em 1º de maio. 

''... percebe-se nitidamente a conduta lesiva de total negligência, imprudência e imperícia do Réu, o qual deixou de prestar a atenção devida ao estado do Autor, mantendo-o por mais de 20 dias com dores aterrorizantes... além do resultado insatisfatório da Abdominoplastia, que deixou deformidades nas laterais do abdome e cicatrizes profundas'', narra mais uma vez a advogada do gerente. 

Mais processo

Em 2017, uma mulher procurou outro cirurgião, que também atuava no HPLAS, para uma cirurgia de retirada de pele e implante de silicone nos seios. O procedimento foi autorizado, sendo que o tamanho da prótese, o perfil e a técnica a serem utilizadas foram escolhidas pelo médico. 

O objetivo da paciente era melhorar sua autoestima e se sentir mais confortável com o corpo. Porém, após a cirurgia, a vítima percebeu que a costura ficou grosseira e desalinhada, mas acreditou na experiência do profissional e esperou o tempo de recuperação para atestar o resultado. 

''Mesmo seguindo todas as orientações pós-operatórias e aguardando o resultado prometido, a parte autora se viu frustrada, triste, decepcionada e com a estima abalada pelas cicatrizes grandes, aparentes e sem o resultado que foi dito que ter'', narra o advogado da paciente. 

A equipe medida do HPLAS foi consultada sobre o problema e a paciente teria ouvido que deveria esperar um tempo maior, a fim que as cicatrizes ficassem menos aparentes. Mesmo esperando mais tempo, o problema persistiu. 

''A autora requer assim, indenização pelos danos morais, materiais e estéticos decorrentes da cirurgia malsucedida, e pela quebra de confiança entre médico e paciente requer que seja arcada cirurgia reparadora em outra clínica, com outro médico'', diz outro trecho do pedido. 

O processo em questão corre na 15ª Vara Cível de Campo Grande.

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