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Saúde

24/01/2022 19:00

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Lotação e ‘tudo junto e misturado’ é reclamação geral sobre UPAS de Campo Grande (vídeo)

Cada vez mais, pacientes relatam filas enormes e pessoas assintomáticas e com sintomas de covid em mesmo ambiente

“Lotado, desorganizado e descuido total”, essas são as palavras de uma mãe de 30 anos que precisou de atendimento médico para a filha de 2 anos, na UPA Universitário, no último sábado (22). Ela conta que pacientes não covid e com covid estavam “juntos e misturados” no local.

Ela precisou levar a criança até a unidade para fazer medicação com soro na veia, e percebeu a superlotação na unidade, mesmo com a tenda posicionada ao lado de fora. Essa tenda foi montada pela Prefeitura de Campo Grande para atendimento exclusivo de pacientes com sintomas gripais, mas aparentemente a estratégia não está funcionando.

“Aqui na UPA universitário estão misturando, no mesmo ambiente, pacientes sintomáticos com assintomáticos, inclusive adulto com sintomas de covid na mesma espera de crianças sem sintoma de Covid”, relatou a mãe da criança em um grupo de WhatsApp de jornalistas da cidade. 

Denúncias como a dela já vem ocorrendo na Capital. Na semana passada, uma paciente com câncer reclamou do mesmo problema na UBS do Aero Rancho. Ela precisou fazer coleta de sangue para exames na unidade e se deparou com fila grande, lotação, pessoas sem máscara e pessoas com sintomas de covid e sem sintoma na recepção.

O “tudo junto e misturado” da unidade e o relato da paciente pode ser visto clicando aqui

A situação ainda vai mais longe e foi registrada também no CRS Tiradentes, na semana passada.

Uma moradora do bairro Rita Vieira, de 34 anos, precisou realizar um teste covid-19, pois estava com sintomas gripais. Ela relata que foi até a unidade na segunda-feira passada, e que a fila para adentrar na unidade era única e com pacientes com diversos tipos de problemas de saúde, inclusive muitos como ela: com sintomas de covid-19.

Ao ver que não ia conseguir realizar o teste de forma célere no local, ela procurou uma farmácia e pagou R$ 120. O resultado foi positivo e a mulher passou a ficar em quarentena.

“A fila estava grande e não é separada. Ficam pessoas com sintomas de covid e sem sintomas juntas. Fora que não mantém distanciamento. E dentro da unidade é praticamente a mesma coisa. Pessoas tossindo, pessoas que vão para outro tipo de consulta. Enfim, um caos e desorganizado.”

Ela também reclama da falta de testes em todas as unidades de saúde.

“Na Central, em frente à Praça do Rádio, são só 300 senhas por período, nas UPAS tem a questão da lotação, eu me pergunto porque a Sesau não disponibiliza teste em todas as unidades básicas de saúde. Isso facilitaria a vida do cidadão, agora a gente tem de se deslocar para longe de casa e muitas vezes não consegue.”

Veja o vídeo registrado na UPA Universitário:

O que diz a Sesau

Em nota, a Sesau informou que "todas as unidades de saúde adotam fluxos distintos para atendimento de pacientes sintomáticos respiratórios, ou seja, aqueles que possuem sintomas de Covid-19 ou Gripe. Nas unidades de urgência e emergência, por exemplo, como é o caso da UPA Universitário, inclusive foram instaladas tendas e consultórios na área externa para onde estes pacientes são direcionados, desta forma, diferente do que está sendo relatado, os pacientes com sintomas respiratórios não ficam junto aos demais. O acesso às unidades é único, no entanto logo ao ser triado esse paciente é devidamente encaminhado para o setor adequado onde é orientado a permanecer até que passe por atendimento".

"Não há indisponibilidade de testes na nossa rede. Somente do dia 01 a 22 de janeiro foram mais de 53,3 mil testes realizados na rede pública de saúde de Campo Grande. Hoje, o Município conta com mais de 60 locais disponíveis para realização de testes de maneira gratuita e sem a necessidade de agendamento. A Capital ainda consegue manter uma ampla oferta de serviço, enquanto várias cidades do país estão limitando o acesso a públicos específicos.  Mesmo diante de um aumento de mais de 500% na procura pelo serviço, o Município ainda tem conseguido absorver a demanda. O aumento na procura por testes e atendimentos de casos sintomáticos respiratórios nas unidades de saúde que ultrapassa 300% pode estar relacionado a falta de cuidado individual e inobservância às medidas de prevenção, como o uso correto de máscaras e manutenção do distanciamento social. É preciso que cada um faça a sua parte para que haja uma redução no número de casos e a pressão sobre o serviço de saúde seja reduzida", finaliza.

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