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Saúde

03/04/2017 15:10

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Em 'guerra' com médicos, prefeitura vai instalar ponto eletrônico em postos de saúde

Sindicatos dos médicos se diz favorável, mas quer contrapartida da prefeitura

O prefeito Marquinhos Trad, do PSD,  deve instalar, até o final de abril, pontos eletrônicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nos Centro Regional de Saúde (CRS) de Campo Grande. A medida, inicialmente, deve atingir todos os profissionais da saúde destas unidades, sem exceções. O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed-MS) já avisou que vai pedir a prefeitura contrapartidas, principalmente, no fator reajuste salarial, que está três anos parado.

Desde o início da gestão, Marquinhos e médicos estão em 'guerra', um praticamente colocando a culpa no outro pelo caos na saúde municipal.

Segundo a prefeitura, a instalação dos pontos eletrônicos vai ocorrer em todos as repartições do Executivo, porém, a saúde será a prioridade.  Foram 700 pontos eletrônicos comprados pela prefeitura, ao custo de R$ 1,5 milhão. Cerca de 20 já foram encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde para serem instalados já neste mês. O total para a pasta será de 140 unidades.

O presidente do SinMed, Flávio Freitas Barbosa, afirmou que é a favor da instalação dos pontos eletrônicos. "Somos totalmente favoráveis, quando se assina um contrato é natural que seja cobrado. Mas a prefeitura não pode achar que com a instalação dos pontos, a saúde vai melhorar. É preciso que haja investimento na saúde do município. E nós também vamos querer contrapartida".

Barbosa afirma que há três anos os médicos estão sem reajuste salarial. "A prefeitura paga hoje, o salário base de R$ 2.516,00, mas a Fenam (Federação Nacional dos Médicos) prevê um salário base de R$ 13,847,93 para 20 horas. Ou seja, o salário está defasado".

Outro ponto questionado pelo presidente, é em relação a questão da alimentação que era fornecida aos médicos no passado. "Antes era repassada a alimentação para os médicos, eles ficam 12 horas no local e não vão comer nada? Isso nunca mais foi repassado. Vamos questionar eles", afirma.

A sala de repouso dos profissionais também outro ponto debatido. "Em todo lugar, há sala de repouso dos médicos, mas se você for a qualquer destas unidades, vai ver que há colchões velhos, rasgados e com fungos. Ou ainda há camas quebradas, não há chuveiros elétricos, e fora que não há as condições mínimas de trabalho".

O presidente ainda afirma, que a prefeitura gastou só na compra deste equipamentos, o valor de R$ 1,5 milhão, mas quando se fala de reajuste salarial afirma que não tem dinheiro. "Sempre é a mesma conversa. Nós por exemplo, já encaminhamos a nossa proposta de data base que vence no dia 1° de maio. Pedimos 20,5% de inflação e mais 7% de ganho real, é o mínimo que podemos pedir, mas estamos conversando".

Acordos

Barbosa ainda afirmou que na última reunião que teve com o prefeito Marquinhos Trad, na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), afirmou que houve um acordo entre as partes.

"Nós pedimos que fosse feito investimentos rápidos na saúde, como contratar mais pessoas e comprar medicamentos. Pelos menos, vimos que foram convocadas mais gente e houve compra dos medicamos, acredito que isso deve melhor um pouco mais, e não sobrecarregar os médicos. Nós também vamos chamar hoje, cerca de 200 médicos que estão sem emprego e vamos ver o que eles podem ajudar".

Por fim, o presidente afirma que o SinMed é totalmente a favor da legalidade, com a instalação dos pontos eletrônicos, porém, pode permitir, que o sindicato também cobre o município, na esfera judicial, a correção salarial.

"Se tudo estivesse certo, e se houvesse um pagamento justo, talvez, nem precisasse de ponto. Mas caso a prefeitura não promova melhorias, ela poderá também enfrentar problemas, como profissionais deixando a prefeitura devido a falta de investimento nos setores", finaliza.

Matéria editada às 7h22 para alteração de informação. 

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