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15/08/2016 10:18

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O sono dos justos: o ronco de Nory, e a alegria de Diego, enfim medalhista

Após noite de poucas horas de sono, dupla da ginástica festeja conquista no Rio

Os olhos que transbordaram em lágrimas no dia anterior amanheceram inchados, mas serenos. Não deve ter sido fácil dormir depois de um dia inexplicável. Prata no solo nos Jogos do Rio, Diego Hypolito falou à imprensa na manhã desta segunda-feira, no Espaço Time Brasil, ao lado do companheiro de pódio, Arthur Nory, bronze. Companheiros de quarto, os dois tiveram uma série de compromissos após as conquistas e voltaram à Vila Olímpica já tarde da noite. O sono, claro, demorou a chegar.

- Dormir foi bem difícil. Faz parte do objetivo, demoramos demais. Conseguimos a medalha. Chegamos na Vila por volta de 23h30. Foi difícil. Consegui dormir umas 3h, 4h no máximo. Caramba, ganhamos medalha olímpica. Achei melhor tentar dormir. Nory conseguiu dormir antes, demorei um pouco mais, mas acordei disposto.

Mas o maior fator de insônia estava ao lado.

- O mais difícil para dormir foi porque Nory estava roncando muito - afirmou Diego, arrancando gargalhadas dos presentes.

Nory foi dormir um pouco antes, abraçado com a medalha.

- Foi difícil. Ontem, a gente acordou olímpico e foi dormir medalhista. Acreditamos muito desde o começo. Foi difícil de dormir. Dormi abraçado com a medalha, do lado do travesseiro. Acordamos muito bem e muito felizes.

Após as quedas em Pequim 2008 e em Londres 2012, a prata nos Jogos do Rio vem com sabor de redenção. Diego, com um desempenho sublime, exorcizou o passado e conquistou o tão sonhado pódio em casa. Nory, por sua vez, surpreendeu os favoritos e levou um bronze numa prova que não é sua especialidade. Ao lembrar das dificuldades rumo à medalha, Diego comemorou.

- Um atleta não se prepara para a medalha durante quatro anos. Medalha olímpica se prepara em dez anos. Em 2002, era difícil você levar um fisioterapeuta, um médico numa Copa do Mundo. Hoje, podemos ter a tranquilidade de treinar e todo um suporte por trás. Isso fez a diferença. Em Pequim, eram outros objetivos. Renato, meu treinador, acabava sendo um pouco de tudo. Foram se conscientizando. Esses investimentos, acredito, fizeram total minha medalha acontecer. Ainda temos uma cultura de que só a medalha é importante. Os atletas, todos que conseguiram estar aqui, é muito difícil. As finais, todos os atletas trabalharam para aquele mesmo objetivo. Vejo que os atletas mais confiantes. Espero que o legado dê continuidade. Se for lembrar do que eu era quando criança, jamais imaginei que seria medalhista olímpico. Sempre quis falar isso, medalhista olímpico.

 

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