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26/08/2015 15:48

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Os segredos para a prata de Murer aos 34 anos

Dentre as 14 finalistas do salto com vara feminino, nenhuma era mais velha do que Fabiana Murer. Aos 34 anos, a brasileira tinha apenas a campeã olímpica Jennifer Suhr como colega da mesma geração no esporte. Mas enquanto a americana ficou pelo caminho, a paulista soube equilibrar a natural queda física da idade com uma boa técnica e conquistou a prata no Mundial de Pequim. Com uma carga menor de treinos e o mesmo resultado que alcançou no auge de sua forma, Fabiana mostra que tem fôlego para seguir brigando por pódios até aposentar-se em 2016.

Desde que começou a ter marcas computadas pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), em 1998, seguiu em progressão ano a ano até 2010, quando alcançou 4,85m nos Jogos Ibero-Americanos. Em 2011, repetiu a marca para conquistar o inédito título mundial para o Brasil no atletismo, unificando com o campeonato indoor que havia vencido na temporada anterior.


Depois da competição em Daegu, a brasileira manteve a regularidade em competições como a Diamond League, principal circuito de atletismo do mundo, mas sem repetir a melhor marca da carreira. Até esta quarta-feira. No Ninho do Pássaro, quatro anos após saltar na Coreia do Sul, Fabiana voltou a ter sucesso com o sarrafo a 4,85m. Liderou a disputa até o último salto, quando a cubana Yarisley Silva passou a 4,80m na terceira tentativa.


- Fico muito contente em conseguir me manter no alto nível por todos esses anos, desde 2005, no meu primeiro Mundial. Depois disso sempre me mantendo entre cinco, seis melhores do ranking. Fico contente de ter conseguido isso. Para as Olimpíadas falta um pouquinho menos de um ano. Tem muita coisa para acontecer, muita coisa para fazer. Mas eu vou procurar fazer a mesma coisa que venho fazendo – disse Fabiana, que mede 1,72m e pesa 64kg.

A principal estratégia que vem sendo seguida pela comissão técnica da saltadora é a dosagem da carga de treinos. Em 2012, ela abriu mão de competir na temporada indoor para se preparar para os Jogos de Londres. Acabou se lesionando. Passada a competição – foi eliminada na primeira fase ao errar todos os saltos -, o planejamento foi repensado.


- Ela tem uma técnica muito boa, é bonito o salto dela, e a técnica a faz conseguir suprir a queda física natural da idade. Também pela idade a gente tem que ir dosando um pouco o treinamento – disse o técnico e marido Elson Miranda.


No Ninho do Pássaro, nesta quarta, Fabiana teve como principais adversárias a cubana Yarisley Silva, de 28 anos, e a grega Nikoleta Kyriakopoulou, de 29. As duas são mais velozes e mais fortes do que a brasileira. Quanto a isso, não há o que fazer. A brasileira trabalha de forma inteligente para compensar com sua experiência e conhecimento da modalidade.


- Em 2012 cometi um erro de não ter feito a temporada de pista coberta. Vou manter tudo que venho fazendo, estou confiante. Me sinto diferente, não sei se é o final da minha carreira, querendo aproveitar cada momento. Estou treinando um pouquinho menos, para me manter mais saudável, para evitar lesão, focando na qualidade, não na quantidade. Tem dado certo, tenho me sentindo bem. Tenho que tentar manter isso para o ano que vem, para tentar chegar para disputar uma medalha. Mas tem bastante coisa para acontecer até lá – acrescentou Fabiana.

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