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Campo Grande

15/04/2021 15:00

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Apartamento no RJ e fazenda: juiz ouve testemunhas e Jamal se defende

MPE apontou crime na compra de apartamento na Barra da Tijuca, fazenda e terrenos

Sete testemunhas depuseram, na tarde desta quarta-feira (14), em processo cível que aponta enriquecimento ilícito do vereador Jamal Salém (MDB), em Campo Grande. O parlamentar nega que comprou bens abaixo do valor de mercado. 

Conforme a denúncia, do Ministério Público Estadual, feita em 2019, com informações da Operação Coffee Break, Jamal movimentou quantias incompatíveis com o rendimento dele, em 2013. 

O MPE cita compras e vendas de vários imóveis com valor bem menor que o do mercado, para esconder o fato que, com rendimentos comprovados, Salém não teria condições de comprá-los. 

Ainda segundo a acusação, entre os imóveis estão um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, um terreno nos altos da Afonso Pena, um trator e uma fazenda.  

‘’Nesta linha, os elementos informativos colhidos na investigação representam a conduta desonesta e imoral, distante da probidade e lealdade no trato da coisa pública, deixa claro a reprovabilidade dos fatos e demonstra, em última análise, desprestígio com a legalidade e descaso com a rigidez jurídica e natureza pública das instituições’’, diz trecho da denúncia. 

Das sete pessoas ouvidas, de maneira virtual, uma foi arrolada pelo Ministério Público. Trata-se de um corretor de imóveis que promoveu a venda de um terreno, nos altos da Afonso Pena, para Jamal. 

As outras seis testemunhas foram chamadas pela defesa do vereador. 

‘’O testemunho do corretor saiu a meu favor’’, observou Salém. 

Como a acusação dispensou o depoimento de algumas testemunhas, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, deu prazo de 15 dias para as partes apresentarem as alegações finais. 

Jamal negou as acusações e diz que a denúncia do MPE não tem qualquer fundamento. Ele refletiu que, se fosse chamado para depor, ainda na fase de inquérito, tudo seria esclarecido. 

‘’Basta pegar uma calculadora e fazer as contas. Nada disso que me acusam procede’’, se defendeu o parlamentar. Ele também é réu em processo criminal da Coffee Break e em outra ação por enriquecimento ilícito, quando do recebimento de valores para, supostamente, cassar o mandado do então prefeito, Alcides Bernal. 

Sobre a fazenda, Jamal disse que ela foi comprada em 2011, mas que só foi registrada em 2013 – por isso a movimentação dos valores neste ano. 

Já sobre o apartamento no bairro de luxo carioca, Jamal diz que pagou R$ 300 mil à vista e financiou R$ 400 mil pelo banco, dando a entender que as parcelas são compatíveis com seus rendimentos. 

Sobre a compra de um terreno no condomínio de luxo, Dahma, Salém diz que foi a mulher que comprou, mas foi em 60 parcelas, mas que entrou na declaração de bens dele. 

Sobre o maquinário agrícola, o vereador diz que foi fruto de financiamento bancário, em diversas parcelas. 

Em relação às acusações, Jamal diz que comprou os bens antes da cassação de Alcides Bernal e que não tinha como prever que ele venceria a eleição e seria processado pela Câmara. 

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