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Colégio Militar aceita filha de Bolsonaro; apenas 10 alunos ingressaram por concurso em MS

Atendendo ao pedido do presidente, decisão foi do comandante do Exército, que deferiu a solicitação em "caráter excepcional"

28 outubro 2021 - 17h00Por Vinicius Costa

Enquanto o Colégio Militar de Campo Grande contempla apenas 10 alunos entrando pelo processo seletivo existente, a filha do presidente Jair Bolsonaro garantiu a sua vaga para o próximo ano, na noite desta quarta-feira (27), sem precisar passar pelo concurso.

A filha mais nova do governante do país, Laura Bolsonaro, deve ingressar no Colégio Militar de Brasília. O pedido para que ela não passasse pela seleção aconteceu em meados de agosto deste ano.

Laura vai frequentar o 6° ano e apenas 15 vagas ainda estão abertas no colégio, com mensalidade custando de R$ 250 a 278.

A escola permite admissão de dependentes de militares em situações específicas – transferidos de estado, designados para missão no exterior, entre outros – e do público em geral. Nesse último caso, no entanto, é obrigatório passar por processo seletivo.

O Exército informou ao G1, durante a noite de ontem, que a decisão partiu do comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, indicado pelo próprio presidente ao cargo. No texto publicado, ele deferiu a "solicitação de matrícula em caráter excepcional".

No início do mês passado, o Metrópoles divulgou que apenas dez alunos do Colégio Militar de Campo Grande entravam via processo seletivo, já que 228 são filhos de militares e entram por indicação, e sete entraram por sorteio em 2021.

No último período letivo, apenas um em cada quatro alunos em colégios militares ingressou por concurso, única forma de filhos de civis entrarem em um colégio militar (com exceção da autorização expressa do comandante do Exército).