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Campo Grande

29/11/2021 15:00

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Comediante alemã que realiza show em Campo Grande é investigada por piadas racistas

Caso aconteceu em maio de 2020; ação foi movida pelo Ministério Público de São Paulo

A comediante alemã Lea Maria Jahn, famosa nas redes sociais com vídeos de reações dos lugares por onde passa, e que realizará um show em Campo Grande nesta segunda-feira (29), é investigada pelo Ministério Público de São Paulo por conta de um show com conteúdo racista.

O stand-up em questão foi apresentado em um clube de São Paulo e teve o vídeo da apresentação publicado no YouTube, onde foi visto e compartilhado por milhões de pessoas.

Em um trecho do show, a artista faz piada de cunho racista ao povo judeu, alegando que "É tão difícil se conectar na Alemanha, que na minha vida inteira eu só tive dois amigos. Tanto que no Natal a gente pede um amigo de presente. Até uma vez eu ganhei, mas só durou um dia. Ele fugiu. Ele era judeu. Que foi?! Eu falei que ele fugiu, não que ele morreu! Ele era muito rápido".

Em outro trecho, a comediante diz que faz piadas sobre a comunidade judia porque é alemã e que os brasileiros esperam que ela fale sobre isso.

"Eu faço essas piadas sobre judeus, porque eu sou alemã e vocês esperam que eu fale sobre isso,porque ainda tem muito preconceito. Quer ver? Quem daqui acha que os alemães são nazistas? Por favor levanta a mão (sic)”.

O caso ganhou grande repercussão no Brasil e na comunidade internacional, principalmente em Israel, que emitiu nota de repúdio às piadas apresentadas, exigindo retração da mesma.

O MP pediu ao canal de vídeos que fosse excluída a apresentação da internet, bem como à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, que instaurasse um inquérito policial para investigar a conduta.

Lea fez sucesso nas redes sociais com um vídeo sobre pontos turísticos e costumes de campo-grandenses e sul-mato-grossenses.

Em Campo Grande, a artista fez uma apresentação com casa lotada no domingo (28) e realizará um show extra nessa segunda-feira (29), também com todos os ingressos vendidos que variam de R$ 100 a R$ 200.

Em nota, a assessoria da artista que o caso é "fake news" e se tratou de calúnia por alguém mal intencionado que cortou um trecho do show apresentado.

A denúncia foi realizada no Ministério Público que chamou Lea para entender o acontecido.

"Desfeita a confusão, em fevereiro deste ano o MP lançou um documento afirmando que o ocorrido era não procedente", afirmou a assessoria.

 

 

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