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Campo Grande

11/12/2017 15:25

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Em depoimento à CPI do táxi, testemunhas não conseguem esclarecer ‘coincidências’ de sobrenomes

Os 22 faltantes devem ser denunciadas ao MPE por desobediência; Novos depoimentos acontecem na sexta (15)

Mais duas testemunhas foram ouvidas, nesta segunda-feira (11), durante a sexta oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Táxi, instaurada na Câmara Municipal para apurar irregularidades na concessão de alvarás de táxi e mototáxi em Campo Grande. Entre estas, a concentração desses alvarás em nome de duas principais famílias.

Em depoimento, dois taxistas de sobrenome ‘Sandim’ alegam que se trata de uma ‘coincidência’ os fatos apontados pelos vereadores através de documentos. Primeiro a ser ouvido, Salvador Souza Sandim relatou que dirige o próprio carro desde 1990, após processo licitatório feito ainda na administração do ex-prefeito Lúdio Martins Coelho. Proprietário do alvará n. 386, ele trabalha no ponto 49 e negou que a concentração de alvarás em nome da família Sandim seja fruto de irregularidades.

"Os Sandim são todos parentes em Campo Grande. Consegui o alvará por concurso, fomos chamados, e foi tudo muito claro, com muita luta. Eu já trabalhava há 15 anos como auxiliar", sustentou.

Antônio João Barbosa Sandim, dono do alvará 361, trabalha no ponto 46, que, curiosamente, abriga outros seis permissionários com o mesmo sobrenome. Ele não vê problemas na coincidência.

"Trabalho lá desde os anos 90, por concurso. É meu ganha-pão no dia a dia. Ficamos por seis anos com apenas dois taxistas no ponto e, seis anos depois, chegaram mais dois. Alguns deles foram pra lá por uma troca que a Prefeitura fez para alocar quem morava perto dos pontos para ficar mais próximo", disse.

O relator da CPI, vereador Odilon de Oliveira, afirmou que é, no mínimo, ‘curioso’ o fato de o permissionário não conhecer sequer os colegas de ponto, ainda mais com o mesmo sobrenome. "A grande concentração de alvarás no mesmo sobrenome é uma coisa que levanta curiosidade. O relatório já está quase pronto, mas precisávamos dessa oitiva para sanar essas dúvidas", afirmou.

Para ouvir os faltantes, entre eles membros da família ‘Oshiro’, foi marcada nova audiência para a sexta-feira (15). A CPI iniciou os trabalhos em abril e, conforme o presidente da comissão, o vereador Vinicius Siqueira (DEM), a intenção é votar o relatório final até este ano.

“Não queremos deixar para o próximo ano, ficamos quase 90 dias parados por conta da demora em nos encaminharem documentos, agora vamos retomar com agilidade”, concluiu. Ainda de acordo com ele, o relatório é indicativo e todos os problemas elencados serão encaminhados para o MPE (Ministério Público Estadual) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para as devidas providências. 

Desobediência

Outros permissionários haviam sido notificados a depor e, como não compareceram, a Comissão vai acionar o MPE (Ministério Público Estadual) para que sejam responsabilizados por desobediência.

Diversos membros da família Sandim foram intimados, porém, não compareceram. Segundo o vereador Vinicius Siqueira, presidente da CPI, caso os convocados não compareçam a oitiva de sexta-feira, o colegiado poderá utilizar a condução coercitiva para colher os depoimentos.  

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