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Campo Grande

17/09/2017 13:13

Em estado grave, idosa de 76 anos internada em UPA não consegue vaga em hospital

Família está desesperada em busca de uma vaga; secretaria de saúde não consegue resolver o problema

Familiares de Terezinha de Oliveira Arias, 76 anos, que se encontra em estado grave na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Santa Mônica buscam uma vaga para a idosa em um dos hospitais de Campo Grande e, até a tarde deste domingo (17), ainda não encontraram mesmo com o quadro de saúde da mulher só piorando a cada momento.

Conforme a neta da idosa, o pesadelo da família começou em 03 de setembro. Durante uma viagem para a cidade de Jardim, no interior do Estado, a idosa teria passado mal. Familiares encaminharam dona Terezinha para uma unidade de saúde do município.

Lá, a idosa ficou internada, mas devido a falta de equipamentos do local, ela precisava urgentemente ser encaminhada para a Capital. Sem conseguir uma ambulância para transferir a idosa e por não ter outra opção, a família fez o transporte de dona Terezinha em carro próprio.

A neta ainda conta que ela conseguiu uma vaga para a avó na UPA onde ela está até o momento. Depois disso, todos tentam uma vaga nos hospitais da cidade e até então ainda não conseguiram.

"É um absurdo! Pagamos nossos impostos, minha avó trabalhou a vida inteira pagando tudo direito e agora que ela precisa do serviço não conseguimos vaga? Três hospitais gigantescos e não conseguimos? O ser humano morre nos hospitais sem atendimento. Vou lutar pela vida dela", desabafou a neta da idosa.

Conforme os familiares, o Hospital Regional, onde eles estão tentando uma vaga desde ontem, teria dado uma resposta para 'cancelarem' o pedido, pois os leitos estariam lotados.

A equipe de reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) que, por telefone, não confirmou se conseguiria uma transferência da idosa para um hospital.

Já a assessoria de imprensa do Hospital Regional . informou que o problema é a saúde pública e não tem como levar um paciente para o local se não terá como atendê-lo.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Luiz Brandão Vilela, pediu para entrar em contato com o coordenador municipal de urgência, Yama Higa, que confirmou que os hospitais de Campo Grande estão lotados e, a princípio, disse que ainda não teria vaga para a idosa.

"Estamos buscando uma vaga para a Terezinha desde ontem para que ela consiga um atendimento que ela precisa, mas os hospitais estão realmente lotados. Pela situação que ela se encontra, estar na UPA em uma cama seria melhor do que ela ficar em um corredor de uma unidade hospitalar. Ela é prioridade e estamos buscando uma vaga o mais rápido possível", disse.

Vale lembrar, no entanto, que o prazo máximo que um paciente pode ficar internado em uma UPA é de 24 horas. 

Veja abaixo o desabafo da família que, sem ambulância, precisou transportar a idosa em carro particular:

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