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Material biológico de idoso morto com fungo negro é analisado em Campo Grande

Caso da doença ainda é tratado como suspeita pelas autoridades em Saúde

02 junho 2021 - 15h12Por Thiago de Souza

O material biológico de um idoso, de 71 anos, que morreu com suspeita de mucormicose, popularmente chamada de fungo negro, em Campo Grande, passa por análise no Laboratório Central, na Capital. A morte do paciente foi confirmada nesta quarta-feira (2). 

Os especialistas vão apurar se o paciente, que teve covid-19 e ainda sofria de diabetes e hipertensão, morreu por complicações dessas doenças ou por causa do fungo negro. 

Conforme apurado pelo TopMídiaNews, a infecção causada por fungos se desenvolveu quando o paciente estava internado por covid. Esse doente apresentava ferimentos nos olhos, causada, a princípio, pelo fungo negro. 

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, mão há outras suspeitas da doença em Mato Grrosso do Sul. 

O que é Mucormicose

A mucormicose, popularmente conhecida como Fungo Negro, é uma infecção causada por vários organismos fúngicos da ordem Mucorales. A contaminação ocorre por meio da inalação de mofo mucoso, normalmente encontrado em plantas, frutas e vegetais em decomposição.

A doença não é contagiosa, o que significa que não pode se espalhar pelo contato entre humanos ou animais. Mas ela se espalha a partir de esporos de fungos que estão presentes no ar ou no ambiente, que são quase impossíveis de evitar.

A maioria dos sintomas frequentemente resulta de lesões necróticas invasivas no nariz e no palato, acompanhadas de dor, febre, celulite orbitária, proptose e secreção nasal purulenta. 

Tratamento

Embora a infecção possa começar com uma infecção de pele, pode se espalhar para outras partes do corpo. O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho. A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.