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Campo Grande

há 3 anos

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Para quem precisou trabalhar na clandestinidade, beleza é essencial sim

Deputado quer que área da beleza seja reconhecida como essencial e apresentou projeto de lei

Em Campo Grande, muitos concordam que o setor da beleza é essencial para levantar a autoestima e autocuidado. O setor chegou a se revoltar no mês março com o ‘fecha tudo’, pois não se encaixava em atividades essenciais. 

Uma cabeleireira do Jardim Los Angeles, que preferiu não se identificar, disse que quase não conseguiu pagar as contas do mês por conta do fechamento e que atendeu clientes de forma clandestina e com horário marcado.

“Eu não tive saída. Continuei atendendo, mas lógico que as portas fechadas e com horário marcado, sem aquele monte de gente esperando. Quando o governo toma esse tipo de medida, as pessoas dão um jeito de sobreviver. Diminuiu muito a procura, mas ainda tem muitas mulheres que desejam ficar mais bonitas para se sentir bem”.

A profissional explica que muitas clientes continuaram a procurar serviços como depilação, manicure e até químicas no cabelo. Questionada sobre os serviços de maquiagem, ela afirma que teve redução em mais de 80%. 

“É aquilo que nós comentamos, né? Vai pagar para se maquiar, mas vai onde? Festa clandestina? Aí não dá. Essa doença tem que ser controlada logo para voltarmos a vida normal. Acho que todo mundo está cansado”, diz ela, que completa: “mas os governantes também tem que dar uma ajudinha aí. Não é fácil e não é legal trabalhar muitas vezes na clandestinidade porque tem decreto para fechar.”

Cumpriu a risca

Aparecida Almeida, que possui um salão de beleza na região do Guanandi, afirma que seguiu a risca o decreto por medo de fiscalização e cassação do alvará. "Olha é ruim quando a gente tem que fechar, mas eu fiquei com medo. Mesmo sendo no bairro, tem muita gente que denuncia. Lógico, a renda baixou, mas eu não tinha o que fazer."

Adora se embelezar

A estudante Daiane Santos, de 24 anos, disse que mesmo na pandemia faz questão de alguns serviços. “Olha, eu não consigo ficar sem fazer minhas unhas. Pelo menos uma vez ao mês eu procuro manicure e pedicure. Também gosto de colocar cílios porque me sinto melhor. Acho que é tudo tão triste na pandemia, e a gente não precisa viver assim. Eu ficaria pior se não me olhasse no espelho e não me sentisse bem.”

Projeto de lei

Na tentativa de evitar esse problema, o deputado Coronel David (sem partido) apresentou Projeto de Lei que reconhece como essencial a atividade realizada por profissionais da área da beleza como cabeleireiros, manicures, barbeiros, esteticistas, maquiadores e afins.

“Embora nós tenhamos o entendimento de que essencial é todo o trabalho que propicie ao trabalhador prover o seu sustento próprio e também da sua família necessário se faz reconhecer a essencialidade de algumas atividades por meio de leis. É o que nós pretendemos apresentando esse projeto”, declarou o Coronel David. O deputado enfatizou ainda que estes serviços “são necessários para que o indivíduo tenha sensação de saúde, bem estar e conforto mínimo”. 

Ele citou a Lei Federal de 2012 que reconhece as atividades como de higiene e a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), onde os serviços são classificados também como de saúde.  Além disso, comentou sobre os novos protocolos de atendimento sugeridos pelo Sebrae Nacional para reforçar os cuidados dos profissionais com os clientes neste período de pandemia. 

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