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Campo Grande

Pilha de lixo eletrônico ao lado de córrego causa riscos para saúde da população na Capital

Material tóxico provoca sérios danos; local foi limpo pela prefeitura há poucos dias e já está sujo novamente

08 agosto 2018 - 13h10Por Amanda Amaral e Diana Christie

Monitores e placas de computador, impressoras e CPUs se acumulam em canteiro na Avenida Vereador Thyrson de Almeida, Guanandi II, em Campo Grande. A pilha de descarte está jogada no gramado, que fica ao lado do córrego Anhanduí.

Segundo moradores, o lixo está no local há dias, sob sol e chuva. A preocupação é maior por se tratar de equipamentos eletrônicos, que possuem substâncias químicas como chumbo, cádmio, mercúrio, berílio e outros em suas composições, podendo provocar contaminação de solo e água.

Não há informações sobre quem realizou o descarte irregular. Em Campo Grande, essa atitude pode causar multas até de R$ 8 mil e, se uma empresa for responsável, pode ter equipamentos apreendidos, atividades suspensas e cassação de alvará e licenças.

O Programa da ONU para o Meio Ambiente classifica ainda que além do contaminar o meio ambiente, estas substâncias químicas podem provocar doenças graves em pessoas que coletam os produtos. Também demoram muito tempo para se decompor naturalmente, por serem compostos em maioria por plástico, metal ou vidro.

Na Capital, o ponto de coleta deste tipo de material é o Instituto Mirim, na Avenida Fabio Zahran, nº 600, na Vila Carvalho. Em nota, a Semadur informou ainda que o Ecoponto Panamá também recebe o descarte de lixo eletrônico. O local funciona de segunda a sábado, das 8 às 18h, na Rua Sagarana, esquina com a Avenida José Hugo Barbosa Rodrigues, bairro Panamá.

“O descarte irregular de lixo é considerado crime ambiental. A pessoa que for flagrada realizando o descarte irregular de resíduos pela Polícia ou pela Guarda Civil Municipal responderá por crime ambiental e caso flagrado por um agente fiscal de meio ambiente da Semadur será autuado por meio de processo administrativo por poluição ambiental”, destaca a assessoria. 

De acordo com o Código de Polícia Administrativa, Lei 2909/92, as multas podem variar entre R$ 2.243,00 e R$ 8.972,00. As denúncias de descarte podem ser direcionadas à Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal no telefone 153 e nos casos em que configurar a má conservação dos terrenos baldios as denúncias devem ser direcionadas à Semadur pelo telefone 156.

De acordo com a Sisep, recentemente, foi feita uma limpeza no local. No momento, as equipes estão cumprindo a programação de serviços em outras regiões da cidade. No entanto, “a reclamação será encaminhada para o setor responsável para nova programação nesta região da cidade”.