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Campo Grande

14/10/2019 07:00

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HERÓI MIRIM: diretor de curso dá calote em colégio e deixa crianças a 'ver navios' em Campo Grande

Denúncias vêm do dono de um colégio que alugava a quadra e de mães de alunos

Diretor do curso Herói Mirim, Dyone Dias Luzini, é suspeito de não depositar o dinheiro do aluguel da quadra esportiva onde as aulas acontecem, em Campo Grande. Com isso, as crianças que participam do projeto ficaram a 'ver navios'. O dono do colégio que alugava as instalações, Joel Jogi Miyasato, 60 anos, denuncia que foi vítima do golpe do ''envelope vazio''.

Dyone Luzini mora em Rondonópolis (MT) e alugou a quadra do Colégio São Francisco, em Campo Grande, para que seus alunos fizessem aulas de primeiros socorros, cidadania e demais atividades previstas no curso.

Joel, que é proprietário do colégio, na Capital, aponta que Dyone ficou devendo R$ 1.300 de aluguel.

''Alugamos para o Dyone, mas ele não me pagava. Disse pra ele: 'se você não me pagar, não vou abrir a escola e ficar sem receber''', relembrou o empresário. Assim que foi cobrado, segue Joel, Dyone teria prometido pagar pelo menos R$ 800, mas esperou o fim do expediente bancário para fazer um depósito pelo caixa eletrônico.

''Só que não depositou nada. Ele mandou o comprovante, mas não enviou o dinheiro, lamenta Miyasato. Ele acrescenta que teve de colocar funcionários para a limpeza durante as aulas do Heroi Mirim e só teve prejuízo.

Suspeito mostrou comprovante, mas envelope estava vazio. (Foto: Repórter Top)

A estratégia do suspeito, diz Joel, era fazer com que ele abrisse a quadra para garantir pelo menos mais uma aula. Na manhã do dia 28 de setembro, um sábado, pais de alunos foram informados que não haveria aula, devido ao calote sofrido por Joel.

Ane Caroline Vieira, 27 anos, tem um filho matriculado no Herói Mirim e ficou decepcionada. Ela está entre os 150 pais de crianças e adolescentes que se dizem vítima de estelionato.

''Ele [Dyone] é um golpista. Ele está mexendo com a vida de crianças'', criticou a mãe.

Recorrente

Esta não é a primeira vez que Dyone  é acusado de golpe. Ele alugava a quadra do Colégio Impacto de um terceiro, também na Capital, e foi expulso por não pagar o que devia. Ao TopMídiaNews, o empresário disse que o Comando do Corpo de Bombeiros é que o havia proibido de usar o colégio. Porém, foi desmentido pela unidade escolar.

Dyone é acusado de prestar os serviços precariamente e também de não pagar o salário dos instrutores, o que faz muitos tentarem desistir do projeto, mas sem sucesso. Mesmo não oferecendo o prometido, Luzini não permite o desligamento sem pagamento de multa. 

Sobre o calote no aluguel, Luzini diz que não vai comentar assuntos internos do curso. Ele nega todas as outras acusações. 

Histórico

Cerca de 150 pais de alunos, sendo de Campo Grande e Três Lagoas, se organizam para denunciar o empresário à Justiça. No interior, a denúncia é que ele fugiu sem prestar os serviços, mas continua cobrando as mensalidades.

O TopMídiaNews já fez uma reportagem sobre Dyone Luzini. Para saber os detalhes do caso, clique aqui.

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