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Campo Grande

22/06/2020 13:00

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HOMOFOBIA: loja de chineses é acusada de maltratar clientes e funcionários na Capital

Pelo menos três denúncias já foram feitas no grupo Aonde Não Ir em Campo Grande; loja nega acusações

Lojas com artigos chineses e coreanos dominaram o centro de Campo Grande com grandes ofertas e produtos baratinhos. Mas, como nem tudo é flores, uma delas está sendo alvo constante de reclamações de clientes perseguidos por serem afrodescendentes, ou estarem com sacolas. 

Até mesmo um ex-funcionário fez denúncia no grupo Aonde Não Ir em Campo Grande, após ter sofrido homofobia e xenofobia no local.

Segundo a publicação do professor de dança, Lincoln Guilherme, devido à pandemia, ele perdeu as aulas e se viu obrigado a trabalhar em outro ramo. Ele pediu emprego na loja de artigos da rua Dom Aquino e foram 13 dias de tortura emocional, sendo que, ao final, fora acusado de roubo.

“Antes mesmo de entrar, fui alvo de chacota! Ficaram fazendo piadas homofóbicas se eu aguentaria carregar caixas e etc. Durante os 13 dias que trabalhei lá, duas vezes fui chamado de "menina" por conta do meu cabelo ser mais comprido! Na quinta-feira (18) fui chamado no depósito que é onde fica o escritório também. Passei por uma humilhação na frente dos funcionários! Me acusaram de roubo”, diz parte da publicação no grupo.

O rapaz explica que os donos disseram que ele não havia pago o relógio que pegou da loja. “Chorei muito por toda a situação e pedi para que eles olhassem nas câmeras do dia 16 (terça-feira). No final do dia, o gerente me chamou para conversar e disse que os chineses são desconfiados com tudo, e que não queria mais que eu fosse trabalhar na empresa".

"Nas câmeras, era nítido eu mostrando o relógio no caixa e eles descontando da minha diária o produto que acusaram de eu ter roubado! E mesmo eu mostrando a cena a eles e explicando, apenas começaram a "gritar" em chinês e eu fiquei sem entender nada”, continua Lincoln.

(Reprodução Facebook)

 

Centenas de comentários rechearam a publicação, muitas pessoas disseram que tiveram uma experiência de compra ruim no local e sentiram despreparo de donos e funcionários. Outros chegaram a dizer que os chineses estão maltratando brasileiros pela falta de regras e fiscalização mais ferrenha por parte do poder público. 

A redação tentou contato com a empresa por telefone, sem sucesso, e enviou sobre as denúncias via mensagem nas páginas da loja no Instagram e Facebook. O primeiro retorno dos proprietários foi feito às 13h57 via direct do Instagram e a nota enviada às 16h23 via Whatsapp. Confira na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Mane Life repudia todo o tipo de discriminação, agressão e não compactua com qualquer forma de preconceito, tanto com os seus clientes quanto com seus funcionários. Este caso vai completamente contra os nossos valores. 

Sobre a nota publicada no facebook, a loja afirma que as acusações são completamente infundadas e contrárias a todos os princípios e conceitos básicos da empresa. Não houve nenhum tipo de chacota, humilhação, atitudes homofóbicas e muito menos acusações de roubo contra qualquer funcionário e inclusive com relação ao autor da postagem.

Esta empresa (Mine Life) possui ótima experiência no trato com seus clientes, fornecedores e colaboradores, buscando sempre servir do melhor modo possível à sociedade em que se insere. 

Consideramos ponto forte, nesse contexto, a garantia do melhor ambiente possível para nossos colaboradores, ao mesmo tempo em que também esperamos sua reciprocidade com honesta colaboração e lealdade.

Nossos esforços, no entanto, nem sempre conseguem evitar ocorrências pontuais não só de desentendimento entre colegas de trabalho, como também, às vezes, atitudes pouco leais de colaboradores.

O caso em comento não passa de uma dessas raras circunstâncias, estando já em análise pela Administração local, que tudo fará para esclarecimento das ocorrências relatadas, as quais, por certo, apresentam diferentes interpretações que precisam ser consideradas à luz da melhor justiça. 

Assim, a Mine Life informa que irá reanalisar os fatos de maneira responsável, juntamente com outros funcionários e demais representantes da loja que estavam presentes no local, inclusive pelas imagens do monitoramento, e que de antemão, caso haja qualquer fato irregular, se necessário, serão tomadas as medidas cabíveis.

Matéria atualizada às 16h30 para inserção da nota da empresa.

Vídeo:

 

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