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Cidades

Motoristas brigam por menos regras, mas passageiros de APPs reclamam de queda na qualidade

Entre as reclamações, falta do uso de ar-condicionado, carros velhos e falta de educação

14 janeiro 2020 - 07h00Por Nathalia Pelzl

Diante da polêmica da regulamentação dos motoristas de aplicativo, muitos usuários estão alertas para a qualidade do serviço oferecido em Campo Grande.

Segundo eles, em alguns casos, os carros oferecidos não atendem a necessidade do cliente. “Eu já tive alguns problemas com motoristas sem educação, carro sujo... Claro, não são todos, porém tem uns que não colaboram”, diz a autônoma Cida Oliveira, 33 anos.

A promotora de vendas e eventos Karoline de Campos, 23 anos, diz que também faz o uso dos veículos oferecidos pelos aplicativos. Conforme a jovem, antes os carros eram mais novos e também poucos cancelavam as corridas.

“Antes tinham mais carros novos, agora têm carros mais antigos no mercado. Antigamente davam até balinha, agora alguns que rodam não têm nem ar e a maioria usa dois APPs”.

Ela complementa: “no Centro, principalmente quando é um valor menor que R$ 10, aceitam a corrida e, logo depois já cancelam. Dependendo do horário, se você mora longe, depois das 22h é um horário difícil de conseguir motorista”, diz.

Entretanto, ela comenta que já teve sorte também. “Já aconteceu do motorista ter tudo dentro do carro, guarda-chuva, bala e até lixa de unha. Esse dizia fazer o melhor para o cliente”, finaliza.

Já o técnico de informática Vinícius Eduardo, 22 anos, que usa o serviço todos os dias, conta que nunca teve nenhum tipo de problema “Sempre é tranquilo, costumo usar o aplicativo Uber, por ser mais fiscalizado e o acesso mais restrito. Não uso outros APPs porque é mais livre, os carros são mais prejudicados”, reforça.

Regulamentação

Em Campo Grande, foi aprovada na Câmara Municipal a lei municipal de regulamentação dos motoristas de aplicativo. 

Entre as novas alterações estão a obrigatoriedade do pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (Issqn), necessidade de curso de capacitação para prestar o serviço e da identificação do veículo utilizado, além do prazo máximo de 8 anos de fabricação do carro, a partir da emissão da do Certificado de Registro e Licenciamento Veicular (CRLV).

Punições

Ainda conforme a nova regulamentação, os motoristas que descumprirem as regras podem ser punidos com multa simples ou diária, retenção ou remoção do veículo, além do recolhimento de documentos e até mesmo a cassação do credenciamento.

Os valores da multa variam de R$ 250 (leves), R$ 500 (médias) a R$ 1 mil para infrações graves.