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Cidades

Testes com sangue de curados da covid em doentes graves começam nesta segunda em MS

Colega começa às 8h30 no Hemosul de Campo Grande

14 junho 2020 - 17h11Por Thiago de Souza

Mato Grosso do Sul começa, nesta segunda-feira (15), a coletar sangue de pessoas que estão curadas da covid-19 para tratar pacientes em estado grave da doença. A ação é pioneira no Brasil. 

Conforme o Portal da Educativa FM, a primeira coleta será feita às 8h30, no Hemosul, em Campo Grande. 

Ainda segundo o site, o estudo é encabeçado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e conta, em Mato Grosso do Sul, com a participação do governo do Estado, por intermédio do Hemosul e Hospital Regional de MS, além de outras instituições, como Hospital Universitário da UFMS, Hospital das Clínicas da USP e da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP (São Paulo).

O infectologista Julio Croda será o responsável pelos estudos em Campo Grande, que também conta com outros profissionais, sendo Benedito Antônio Lopes da Fonseca, Benedito de Pina Almeida Prado Jr, Dante Langhi Jr., Dimas Tadeu Covas, Eugênia Maria Amorim Ubial, Gil Cunha De Santis e Rodrigo Calado de Saloma Rodrigues

A pesquisa

A pesquisadora Patrícia Vieira da Silva, da UFMS, conta que esta é uma alternativa promissora no combate à doença e não existe, até agora, nenhuma terapia específica contra o novo coronavirus. 

“Essa forma de terapia, por meio da infusão de soro ou de plasma, é a única forma de conferir imunidade imediata, até que o próprio organismo afetado tenha tempo de montar a sua própria resposta imune’’, detalhou Silva.

Para testar a hipótese, serão tratados com plasma convalescente 40 pacientes com a forma grave da Covid-19 que terão seus desfechos comparados com grupo controle constituído de 80 pacientes com a mesma doença, com características e gravidade clínica semelhante. Cada paciente receberá uma dose aproximada de 10 mL/kg/dia de plasma convalescente (600 mL/dia para os adultos), por 3 dias consecutivos.

Os participantes do estudo serão recrutados dentre os pacientes com infecção grave da Covid-19, tratados no Hospital Universitário da UFMS e no Hospital Regional de MS. A alocação aleatória dos envolvidos em dois grupos, controle (tratamento convencional, dito “de suporte”) e experimental (receptores de plasma convalescente), se dará por sorteio eletrônico realizado por pessoa não envolvida no atendimento ao paciente. Pretende-se incluir 40 indivíduos no grupo transfundido e 80 grupo controle, totalizando 120 pessoas.