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26/11/2020 17:51

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Motoboys de aplicativos são proibidos de subir favelas no Rio

Medida foi imposta por criminosos milicianos e traficantes

Motoboys de aplicativos que entregam lanches e outras refeições estão proibidos de subir favelas no Rio de Janeiro. A medida foi imposta tanto por milicianos quanto traficantes de drogas. 

Conforme apuração do site O Dia, para entrar em algumas comunidades somente deixando a moto e subindo a pé com a entrega. Em outras comunidades, principalmente as dominadas pela milícia, entregador só entra após pagar de pedágio e revista em celulares. Alguns são proibidos, outros ameaçados.

Levantamento pedido pelo site ao serviço do Disque Denúncia do Rio, mostra casos de constrangimento e ameaças. De janeiro a novembro, o programa recebeu 41 denúncias na Região Metropolitana sobre abordagens agressivas, ameaças e extorsões: 32 realizados por traficantes e outras nove por milicianos.

Os principais bairros alvos de denúncias sobre traficantes foram Santa Teresa, Tijuca e Ilha do Governador , seguidos por Lins, Engenho de Dentro, Engenho Novo e Copacabana. Nas áreas de milícia, as mais citadas são Duque de Caxias (Saracuruna e Centro), São Gonçalo (duas denúncias no Gradim), além de Vargem Grande e Pedra de Guaratiba.

Um motoboy, que não quis se identificar, disse que a regra é deixar a moto longe e já entrar na comunidade sem capacete. 

‘’A bag (mochila) tem que ficar na moto. O entregador tem que pegar o lanche, ir até eles (os traficantes), explicar onde é a entrega e levar", conta. Outro trabalhador afirma que "área de milícia é pior porque os caras (milicianos) estão cismando do nada, e estão exigindo que, se você for motoboy de lanchonete, tem que deixar um 'qualquer'".

Outro entregador, que mora em São Gonçalo, diz que atua como mobotoy há 15 anos e citou que ‘’cismaram que ele era policial’’. 

"Eu, particularmente, quando é área de comunidade, não entro. Pergunto para o cliente se tem possibilidade de vir até a minha direção. Mas também entendo que ele não tem culpa", diz o entregador, que já sofreu na mão de traficantes.

A proibição se deu em razão de várias situações onde traficantes rivais tentaram invadir comunidades disfarçados de entregadores de aplicativos. Já houve casos de tortura e assassinato em razão disso. 

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