Dentre as várias homenagens ao garoto Silas Ortiz Grizahay, 13 anos, uma trouxe que o menino -  assassinado por engano, na noite desta sexta-feira (3) – era cativante e tinha o sonho de ser o membro abençoado da família, no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande. 

A fala é da senhora Cenhorecy Santiago Ramos, 52 anos, presidente de uma instituição que atua em regiões carentes da cidade. Ortiz participava do projeto e era dono de muitos elogios. 

''Era exemplar, fazia judô e era uma criança cativante, era extraordinário'', comentou a gestora. Ela destacou que, para participar do projeto, era obrigatório ter notas boas na escola. 

Santiago, bastante emocionada, detalhou que Silas nunca deixava de se despedir quando saía do projeto social e tratava a todos muito bem. 

''Ele dizia que queria ser o filho abençoado da família'', disse Cenhoracy que esteve presente no velório, no Memorial Park, Jardim Pioneiros. Ela comentou também que a professora do menino no projeto estava em choque, sem acreditar no ocorrido e por isso não teve condições de ir à despedida. 

Velório

O velório do menino começou por volta das 15h30 deste sábado e reuniu dezenas de garotos, todos amigos e colegas de manobras de bicicletas no bairro onde morava. No desembarque do caixão, o olhar dos meninos diante da morte chamou a atenção na cerimônia. 

Flores

Supostamente a pedido da família, amigos fizeram uma vaquinha e compraram uma coroa de flores para a homenagem. 

Garotos foram mortos por engano (Foto: Redes sociais)

Mortes

Os adolescentes Silas Ortiz Grizahay e Aysla Carolina de Oliveira, ambos de 13 anos, foram mortos a tiros, na noite desta sexta-feira (3), na Rua Flor, bairro Jardim das Hortênsias, em Campo Grande.

Segundo testemunhas, dois homens em uma motocicleta preta estavam atrás de uma pessoa, que estava sentada na frente da casa ao lado.

Os agressores chegaram atirando e o alvo correu em direção aos adolescentes. Os jovens foram atingidos e mortos durante a madrugada de hoje. Já o alvo da execução foi baleado na perna. 

Conforme o boletim de ocorrência, Silas teria sido atingido com um tiro nas costas e Aysla na face, pescoço e braço. 
No local do crime foram recolhidos 14 capsulas de munição 9 mm e 2 projetis do mesmo calibre. 

Os dois chegaram a corre para o interior de uma casa pedindo socorro. Eles foram levados por parentes para a UPA Aero Rancho, mas morreram ao chegarem na unidade de saúde. 

O caso foi registrado como homicídio qualificado com emprego de arma de fogo e será investigado pela polícia.