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Polícia

há 7 anos

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Lutador diz que não acredita em 'demônio' e pede perdão para família da vítima

Teólogo disse que lutador estava 'possuído por demônio' durante assassinato em hotel

O ex-lutador de jiu-jitsu, Rafael Martinelli Queiroz, de 29 anos, durante o seu depoimento, contradisse a teoria de defesa e descartou que estivesse possuído pelo demônio. “Sou católico fervoroso e praticante. Eu não acredito na existência do demônio”, afirmou. Um pouco antes, o teólogo Mauro Luiz Ferreira defendeu que o réu estava supostamente 'endemoniado' quando cometeu o ato que resultou na morte de Paulo.

Durante depoimento, Rafael disse não se lembrar do assassinato e que também não se lembra de como chegou ao hotel. Rafael ainda pediu perdão à família da vítima. Ele suspeita que foram as noites sem dormir e o uso excessivo de remédios para ansiedade e para emagrecer. “Eu não dormia fazia algum tempo e fazia uso de medicamentos. Se eu estivesse bem, jamais teria feito isso”, afirmou.

O ex-lutador destacou que nunca teve uma passagem policial e não sabe o que pode ter acontecido. Ele se considerava uma pessoa com auto-controle. “Eu trabalhava em uma agência de viagens há mais de três anos. Nunca fui inteligente. Mas sempre fui esforçado. Estava há vários dias sem dormir. Nunca passei por uma delegacia. Nunca alguém da minha família foi preso. Só eu. Todos os meus familiares são funcionários públicos”, contou.

O julgamento acontece na 1º Vara do Tribunal do Juri de Campo Grande e foi encerrado para almoço, retornando o julgamento no período da tarde. A sentença está prevista para sair no final do dia. A defesa se apresentou durante a manhã e convocou as suas testemunhas.

O caso

Rafael Martinelli Queiroz, 29 anos, era lutador de jiu-jitsu e é acusado pela Justiça de matar o engenheiro Paulo Cezar de Oliveira. Rafael é julgado por homicídio qualificado, por meio cruel e com recurso que dificultou defesa da vítima, na 1ª Vara do Tribunal do Juri e está preso preventivamente, segundo a Justiça.

O crime ocorreu nas dependências do Hotel Vale Verde, na Avenida Afonso Pena, no Bairro Amambaí. Segundo o processo, o crime ocorreu porque Rafael, que veio do interior de São Paulo para uma competição na Capital, brigou com a namorada e a agrediu com tapas, socos e chutes na bunda. Essa primeira vítima saiu desesperada pelos corredores do hotel para fugir do agressor. 

Em seguida, ainda em estado de fúria, o lutador saiu do quarto e arrombou a porta de três quartos a frente do seu e ao chegar ao cômodo de Paulo Cezar, o agrediu com uma cadeira, que desmontou e, mesmo assim, continuou a agredir o engenheiro até a morte.

A defesa do réu alega que ele sofre de problemas mentais e, na ocasião, não sabia o que estava fazendo, por isso pediu absolvição ou afastamento dos agravantes como meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Porém, o juiz Alexandre Tsuyoshi Ito definiu que há provas do cometimento do crime, e ao contrário dos advogados, classificou Rafael como semi-inimputável, e que essa condição deverá ser analisada pelos jurados.

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