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Polícia

02/06/2019 15:15

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Oitiva com suspeitas de agredir e matar Gabrielly acontece dia 5 de junho no Fórum

Após ouvir as suspeitas, o juiz deverá agendar uma data para ouvir os familiares da menina morta

A advogada dos pais da menina Gabrielly, morta em dezembro do ano passado após apanhar na saída da escola, Thatiana Torres, disse ao TopMídiaNews que as suspeitas de agredir a criança serão ouvidas no dia 5 de junho, na Vara da Infância do Fórumd e Campo Grande.

A família da vítima também seria ouvida no mesmo dia, mas a justiça interveio e preferiu evitar o encontro dos pais de Gabrielly com as suspeitas do ato infracional. “Como elas são menores, o procedimento é completamente diferente de crime cometido por maior de idade. Chamamos de apuração de ato infracional, que visa proteger os infratores. Quando o maior comete crime, busca punição, quando tem ato infracional, ele visa recuperar aquele menor. O procedimento do ato infracional é sigiloso”, explica a advogada.

Duas adolescentes de 13 anos e a criança de 10 anos, que estudava na mesma sala da vítima serão ouvidas. “Quem bateu nela foram duas adolescentes de 13 anos, uma delas é prima de uma menina de 10 anos da mesma turma, que teve um desentendimento no intervalo com a Gabrielly. Ela jurou que ia pegar a Gabrielly do lado de fora da escola e que ia deixar a menina na cadeira de rodas. Quem bateu foi prima da menina com outra colega, no mesmo dia. Aconteceu no intervalo e uma mãe presenciou o ocorrido na saída, enquanto esperava a filha sair. A menina puxou o cabelo da Gabrielly e como essa mãe chamou atenção das meninas, Gabrielly conseguiu sair andando. No caminho, Gabrielly estava indo embora com as coleguinhas, quando a adolescente pegou ela pelas costas, desferiu mochiladas, no chão e chutes. A lesão foi forte, pegou quadril, costas e a menina caiu no chão e continuou apanhando. A pequena que era da sala da Gabrielly ficou colocando fogo. As maiores não tinham nada a ver com a situação, mas foi lá e bateu”.

Segundo a advogada, todas as testemunhas relataram a mesma coisa e as adolescentes tentam a todo momento, negar participação nas agressões. Ela explica que o Ministério Público se manifestou sobre o caso, dizendo que devido as agressões, houve morte, concurso de agentes porque foram duas meninas que bateram nela, já que todas as testemunhas disseram a mesma coisa, tem agravante por motivo fútil, já que elas não tinham nenhum motivo para bater na menina e houve recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida pelas costas, ela não teve defesa nenhuma”.

Laudo

Em fevereiro deste ano, a  delegada da DEAIJ (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Ariene Murad, confirmou que a menina Gabrielly Ximenes de Souza, 10 anos, morreu em decorrência das agressões que sofreu no dia 29 de novembro de 2018, na escola Lino Vilachá, localizada no bairro Nova Lima, em Campo Grande.

“O laudo conclui que a causa da morte foi tromboembolismo pulmonar provocado por artrite séptica. Temos um laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal, um laudo de necropsia que o perito fez exame anátomo patológico, onde cinco órgãos foram analisados. Ficou pronto após dois meses e meio da morte da criança porque requer muitos detalhes. A criança só morreu porque houve trauma”, diz a delegada.

O TopMídiaNews entrou em contato novamente com a delegada, que informou que o caso foi encaminhado para o juiz da infância.  A equipe entrou em contato com a advogada da família de Gabrielly, que ficou de encaminhar informações sobre o andamento do caso, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma informação foi repassada.

O caso

Gabrielly Xinemes teria sido espancada após a escola por uma criança de 10 anos e outras duas meninas de 13 anos. O caso ocorreu no dia 29 de novembro na saída da escola Lino Vilachá, no bairro Nova Lima em Campo Grande. A família teria acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a criança foi atendida na Santa Casa. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Gabrielly passou por exames e nenhuma lesão foi constatada.

Em casa, a menina começou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada para uma Unidade de Saúde, em seguida par ao CEM. “Colocaram uma tala na perna dela, mas ela sentiu mais dores ainda. A dor era na virilha e não na perna. Chegou um momento, que minha filha começou a ficar muito febril e não andava mais, daí levamos ela novamente na Santa Casa”, conta o pai.

A menina deu entrada na Santa Casa, passou por exames, que constataram que a menina estava com artrite séptica (infecção no líquido e tecidos de uma articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou fungos). Ela passou por cirurgia, teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

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