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Polícia

REVOLTA: família da 1ª vítima de PM teme impunidade também em morte de professora

Caso foi arquivado e família diz que não houve justiça após Alex atirar em Juan

02 junho 2020 - 07h00Por Rayani Santa Cruz

Familiares de Juan Barros Barbosa, 24 anos, morto em 2012 pelo tenente da Polícia Militar, Alexander Nantes Stein, de 32 anos, estão revoltados.

Antes de provocar a morte de professora no trânsito, Alexander teve processo arquivado mesmo assumindo que ingeriu bebida alcoólica quando foi demonstrar o funcionamento de uma pistola .40 e disparou acidentalmente contra o abdômen de Juan. 

A família diz estar revivendo o pesadelo e a sombra de um crime impune e sem reparação, segundo o cunhado da vítima Leandro Silva Ribeiro, 34 anos. 

“Além de o crime ficar impune, ele como prêmio foi promovido a tenente da PM. A nossa revolta é que quando Juan morreu não deu em nada, não foi punido e não houve apuração dos fatos. A história se repete, mais uma vez esse cara, bêbado, mata uma pessoa”, disse.

Ele explica que quando a família soube da notícia a morte da professora, a dor da perda de Juan retornou. Eles querem fortalecer a tese de que Alex é negligente e que apenas “trocou de arma” para ceifar vidas. “O cenário é o mesmo, ele embriagado cometeu um crime lá atrás e não pagou. O que mudou foi a arma do crime. Lá atrás foi uma pistola, e agora foi o volante e direção de um carro”.

Leandro afirma também que a morte de Juan nunca ficou bem esclarecida ao ponto de vista da família, e que tudo pode ter acontecido no local do crime. “Não entra na cabeça, que como um PM com treinamento possa cometer um erro desses. Será que foi acidental mesmo ou será que houve outra coisa? Não sabemos e já foi arquivado”.

A família de Juan está disposta a ajudar parentes e acusação de Suellen Vilela para fortalecer a condenação e prisão de Alex.

“Queremos justiça e apoiar a família dessa professora. Ele é reincidente. Pedimos a Deus que o promotor que pegar o caso não deixe a questão passar batido. Se não foi feita antes, queremos que esse individuo pague pelo menos por esse e que não volte a matar inocentes!”, finalizou.