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Polícia

há 4 anos

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Apenas 2 em cada 100 casos de estupro de crianças e adolescentes são registrados

Segundo delegada da DEPCA, MS tem números significativos de notificações, mas ainda é baixo em relação à realidade

Apesar de diversos crimes serem registrados diariamente, a delegada titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Marília de Brito, afirma que a polícia toma conhecimento apenas de 2% dos casos de estupro de vulnerável, já que muitas crianças e adolescentes se mantém calados diante do abuso sexual.

“Talvez a questão de nós termos números significativos no Sinesp (Ministério da Justiça) seja um ponto positivo para Mato Grosso do Sul, porque nós estamos falando de uma violência subnotificada, onde apenas 2% dos casos chegam as autoridades policiais. Então nós, enquanto Estado, estamos fazendo uma política pública correta, de rede de atendimento a criança, não só de delegacia de polícia. É um dado importante porque dar voz a essa criança de direitos violados é muito difícil”, diz a delegada.

Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no dia 10 de setembro, em Mato Grosso do Sul foram registrados 1.934 casos, sendo 84,7% deles, contra mulheres e meninas. Segundo a delegada, a função das autoridades é proteger a criança que foi vítima deste crime e uma rede de atendimento, com o trabalho de conselhos tutelares, é acionada no ato da denúncia.

“O papel da DEPCA é de acolhimento humanizado. A equipe é composta integralmente por mulheres treinadas para estabelecer uma relação de confiança com as vítimas, de modo a concluir o inquérito que dura em média 30 a 60 dias. Aqui nenhuma criança ou adolescente é abordada por policiais, não que eles não tenham essa condição especifica, porque todos passam por cursos. Mas, nós temos o setor multidisciplinar formado por psicólogas, assistentes sociais, pedagogas, e com formação jurídica também. Todas passaram por cursos para acolher essas crianças da melhor maneira, e fazer os depoimentos especiais conforme a nova legislação”, explica Marília.

Sobre o atendimento de crianças no interior de MS, a delegada afirma que nas regionais existem Delegacias da Mulher, que também possuem atribuição de investigação de crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes. Nas demais cidades, esse trabalho se concentra nas Delegacias de Polícia (DP´s), que trata esses casos de maneira especifica.

“Dentro de um processo técnico nós temos também a formação de 60 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães de polícia passaram por curso recentemente. Então a ideia é cada vez mais formar policiais capacitados para fazer essa abordagem”, finaliza a delegada.

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