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Política

27/04/2018 15:30

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Chefe nacional do MPF pede a 4ª prisão de Edson Giroto e João Amorim

Raquel Dodge criticou TRF-3, corte que mandou soltar a dupla em março por fraudar licitação, desviar dinheiro e superfaturar obra

A chefe nacional do MPF (Ministério Público Federal), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) que mande prender o ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal Edson Giroto e o empreiteiro João Amorim. 

Se acatada a petição, a dupla amargaria a quarta prisão no período de junho de 2016 para cá. Os dois foram para a cadeia pela última vez no dia 9 de março e saíram de lá uma semana depois, graças a um recurso concordado pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal) da Terceira Região.

Eles estão encrencados em crimes como fraudes em licitações, desvio de dinheiro, superfaturamento de obras e lavagem de dinheiro, crimes investigados desde 2013 na Lama Asfáltica, operação da Polícia Federal e também por uma força-tarefa do Ministério Público Estadual. 

Tais delitos, asseguram os investigadores, ocorreram nas gestões de André Puccinelli, do MDB, que governou MS de 2007 a 2014, outro implicado no esquema fraudulento. Numa conta ainda presumida, o esquema teria desviado R$ 2 bilhões dos cofres estaduais.

A solicitação de Raquel Dodge alcança amigos e parentes do ex-deputado Giroto. Na petição, é pedido também a prisão da mulher do ex-parlamentar Rachel Giroto, o cunhado dele Flávio Schrocchio, a sócia de João Amorim, Elza Cristina dos Santos, a filha dele Ana Paula Dolzan, o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba, Wilson Mariano, e a filha dele a médica Mariane Mariano.

BRONCA
Edson Giroto, o cunhado Schrocchio e o empreiteiro João Amorim foram presos duas vezes entre junho e julho de 2016, pela Polícia Federal, por suposta ligação numa trama que envolvera a venda de um avião no valor de R$ 2 milhões.

Para a PF, a aeronave estava sendo negociada como meio de o trio desfazer de bens que tinham sido adquiridos com as fraudes em licitações promovidas pelo governo estadual. O crime praticado teria ocorrido um ano depois do início da operação Lama Asfáltica, cuja primeira fase fora deflagrada em julho de 2015.

O dinheiro captado com a venda do aparelho era repartido entre os três.

À época das prisões, o TRF-3 deferiu recursos judiciais e mandou soltar o trio. Ocorre que o MPF ingressou com recurso contra os habeas corpus que permitiram as solturas no STF. E, neste ano, a corte máxima do país  definiu pela prisão, de novo.

Para Raquel Dodge não haveria situação jurídica que justificasse o despacho do TRF-3, daí o pedido de prisão novamente.

Na interpretação da chefe nacional do MPF, a decisão do TRF-3 não teria "força jurídica" para derrubar o entendimento da Suprema Corte.

Reportagem do TopMídiaNews conversou com a assessoria de imprensa do MPF, em Brasília, que confirmou a petição de Raquel Dodge, contudo, afirmou que a questão fora protocolada e corre na condição de segredo judicial.

Edson Giroto é pré-candidato a deputado federal pelo PR. E Puccinelli, que foi preso pela PF e solto um dia depois, também por decisão do TRF-3, em novembro passado, por suposta ligação com crimes de fraudes em processos licitações, por exemplo, é pré-candidato ao governo pelo MDB. Os dois negam participação no esquema.

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