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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
NOTA PREMIADA
Política

Geraldo Resende: ‘nunca tive contato com os diretores da JBS’

Deputado federal recebeu R$ 450 mil do grupo durante a campanha de 2014

23 maio 2017 - 15h14Por Diana Christie

Na lista de candidatos beneficiados com doações de campanha da JBS, o deputado Geraldo Resende (PSDB) destacou, na tarde desta terça-feira (23), que nunca teve contato com os diretores do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Em nota, ele destaca que os repasses de R$ 450 mil foram legais e registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Confira:

1-) Nunca tive contato com os diretores da JBS, que fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal;
2-) A minha campanha de 2014 recebeu três doações legais de origem da JBS de um mesmo valor: R$ 150 mil;
3-) Uma doação foi depositada pela empresa direto na conta oficial de campanha a pedido do diretório nacional do PMDB, partido ao qual era filiado a época. As outras duas doações foram realizadas pelo diretório estadual do part
ido, por meio de seus candidatos majoritários;
4-) A prestação de contas da campanha de 2014 foi aprovada por unanimidade pelo TSE e está à disposição pelo link: http://inter01.tse.jus.br/…/abrirTelaReceitasCandidato.acti…

Os nomes dele aparece em planilha do diretor da J&F, Ricardo Saud, sobre os repasses feitos na campanha de 2014 a políticos de todo o país. Segundo o delator, a empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista fez doações, declaradas ou não declaradas ao TSE, a 1.829 candidatos, de 28 partidos.

Na delação premiada entregue à PGR (Procuradoria-Geral da República), ele ainda destaca que a ‘generosidade’ dos empresários era usada como moeda de troca para incentivos fiscais e leis benéficas aos interesses do grupo. Usando o termo propina, Ricardo Saud afirma que apenas cerca de R$ 15 milhões de R$ 600 milhões foram doados sem contrapartida ou promessa.

“Eleitos foram 179 deputados estaduais, de 23 estados, 167 deputados federais, de 19 partidos. Demos propina para 28 senadores da República, sendo que alguns disputaram e perderam eleição para governador e alguns disputaram reeleição ou eleição para o Senado. E demos propina para 16 governadores eleitos, sendo quatro do PMDB, quatro do PSDB, três do PT, dois do PSB, um do PP, um do PSD”, contou.