O deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSC, confirmou que o pai, pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, ainda não assinou com o PEN. O deputado carioca explica que não pode ir para o embate político tendo o partido como 'aquele que deu golpe na Lava Jato'. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (14), durante evento realizado na Câmara Municipal de Campo Grande.

Segundo Eduardo, as conversas estão adiantadas, mas há o impedimento. "O  PEN é autor da ação que visa reformar a prisão em segunda instância", afirmou. "O PEN através desta ação no STF (Supremo Tribunal Federal) deseja alterar da segunda para apenas a terceira instância", explica.

E emendou que se não ocorrer, "figurões presos pela Lava Jato ficarão solto e serão candidatos em 2018, com chance até de pegar foro privilegiado ou imunidades parlamentares".

Por outro lado, o deputado ainda informou que o pai está bem colocado, não apenas nas pesquisas, mas pelo assédio que tem vindo da população. "Vem de todo o Brasil e ficamos felizes com esse tipo de conduta da sociedade. São pessoas engajadas e nós não pagamos militância nem nada, é um movimento voluntário e espontâneo".

E finalizou: "com isso vamos em 2018 tentar voos maiores".

Escola Sem Partido

A passagem de Eduardo Bolsonaro em Campo Grande foi polêmica, tendo inclusive embate em professores, artistas contra militantes de Bolsonaro. O deputado federal veio à Campo Grande para apresentar o projeto do Programa Escola Sem Partido. O evento faz parte da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, a qual Eduardo faz parte e analisa o projeto que está em tramitação.

O evento é realizado pelo Instituto Iniciativa, a pedido de Eduardo Bolsonaro. Além do deputado, estão confirmadas as presenças do Dr. Miguel Nagib, idealizador do programa Escola Sem Partido, e do vereador Carlos Jordy, da cidade de Niterói, RJ que apresentou o projeto em sua cidade.

Projeto semelhante foi apresentado pelo ex-vereador Alceu Bueno, mas foi arquivado, logo depois foi apresentado pelo deputado estadual Paulo Siufi enquanto vereador de Campo Grande, sendo aprovado pelos vereadores, mas arquivo pelo ex-prefeito Alcides Bernal, do PP, sendo conhecido como a Lei da Mordaça.

E em 2017, foi reapresentado novamente pelo vereador Vinicius Siqueira, do DEM, a qual segue em tramitação na Câmara Municipal de Campo Grande.