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Política

há 3 semanas

Marquinhos denuncia perda de autonomia da saúde e entrega da gestão municipal ao Estado

Regulação da Urgência e Emergência para as macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas será unificada

Durante entrevista ao Cara a Cara com Squinelo, o vereador Marquinhos Trad (PDT) fez duras críticas à atual gestão da saúde em Campo Grande, apontando que a cidade perdeu a chamada "gestão plena" do Sistema Único de Saúde (SUS).

Isso significa que o município não tem mais o controle sobre a regulação de leitos e parte da estrutura da assistência à população. Segundo ele, a responsabilidade foi transferida ao governo do Estado e a organizações sociais (OS), com anuência da prefeita Adriane Lopes (PP).

"Campo Grande caiu. Perdeu a tal da gestão plena na saúde. Acabou. Hoje, se você precisar de uma vaga aqui, tem que ligar para o secretário de Estado", afirmou.

Para Marquinhos, a entrega da regulação compromete o atendimento à população da Capital e enfraquece o papel da cidade nas decisões sobre a política de saúde pública.

Ele destacou que, historicamente, Campo Grande tinha autonomia para regular seus próprios leitos e estabelecer prioridades no atendimento de casos de urgência e emergência.

Agora, com a decisão pactuada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), esse controle está nas mãos do Estado, com apoio de uma organização social, que, segundo o vereador, já é alvo de investigações do Ministério Público Federal.

Marquinhos também acusou a prefeita e a secretária de Saúde de se omitirem diante da decisão, embora tenham se declarado publicamente contrárias à medida. "Bastava Campo Grande votar contra. Mas a cidade deu aval. E deu aval por um crime contra a nossa cidade", reforçou.

Mudança já impactando a Cidade Morena

Ainda segundo ele, o impacto já pode ser observado nos hospitais da Capital, que estão com ocupação majoritariamente vinda de pacientes do interior. "Antes era 70% campo-grandense e 30% do interior. Hoje está invertido. O Estado não quer mais cuidar da saúde no interior. Manda tudo pra cá."

Para o vereador, essa decisão afeta diretamente a qualidade do atendimento para os moradores da Capital, e representa o abandono da autonomia municipal na gestão da saúde, um dos pilares do SUS. "Estão entregando tudo para o Estado. Tudo, tudo, tudo", criticou.

Ele também apontou retrocessos em outras áreas da saúde municipal, como o fechamento da sala de atendimento psicológico no Centro de Especialidades Médicas (CEM) e a falta de fraldas e alimentos para crianças com deficiência. "As mães atípicas não têm alimento para os seus filhos, não têm fraldas, muito embora batam na porta da casa da prefeita, da secretária, mas essa porta não se abre."

Segundo Marquinhos, a situação é resultado direto da falta de planejamento e da má gestão orçamentária, já denunciada por ele em temas como a folha paralela, os supersalários e os aumentos dados à própria prefeita e à vice, Camila Nascimento.

Como vai funcionar agora?

A CIB pactuou, em reunião realizada com representantes das secretarias de saúde de todos os municípios da Mato Grosso do Sul em 23 de maio, a criação da Central Única de Regulação da Urgência e Emergência para as macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas.

A medida, coordenada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), visa unificar duas estruturas regulatórias atualmente independentes. 

A nova Central será responsável pela gestão do acesso aos leitos hospitalares do SUS destinados à urgência e emergência nas unidades públicas, contratadas ou conveniadas com o Estado.

A operacionalização será feita por meio do Core (Complexo Regulador Estadual), com exigência de atualização em tempo real do Mapa de Leitos por todas as unidades envolvidas.

Como será feita a implementação?

A implantação da Central Única será realizada em quatro etapas. Primeiro, será feito um diagnóstico situacional, com revisão dos fluxos, contratos e indicadores das duas centrais atuais. Em seguida, será planejada a integração, com unificação das estruturas físicas, reorganização das equipes, padronização dos fluxos regulatórios e integração dos sistemas de tecnologia da informação.

Na etapa de execução, ocorrerá a adequação do espaço físico, o treinamento das equipes e a implantação gradual dos novos fluxos com acompanhamento técnico. Por fim, o processo será monitorado continuamente, com análise de indicadores e reuniões periódicas para avaliação dos resultados.

 
 

 

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