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DE SACO A CUPINCHA

16/09/2021 11:00

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Puccinelli e Zeca são garantia de barraco na eleição para o Governo do Estado

Hoje, nenhum dos dois têm mandato, mas não falam em aposentadoria e são, mesmo 20 anos depois do primeiro grande embate, as estrelas e esperança de retomado do poder de MDB e PT

Eles já não têm o poder que tinham na década de 90 e começo dos anos 2000, quando comandavam a política em Mato Grosso do Sul, em rivalidade digna de Bolsonaro X Lula nos dias de hoje, mas quem acompanhou a política no Estado nesta época sabe bem a combinação explosiva que se pode ter ao convidar para a mesma festa André Puccinelli e Zeca do PT. 

Zeca foi derrotado na última eleição para senador, após ser o deputado mais votado de MS na eleição retrasada. Já Puccinelli foi preso antes de disputar a última eleição para o Governo do Estado. Agora, faltando pouco mais de um ano para a eleição do novo governador, eles ganharam fôlego novamente e aparecem bem nas pesquisas. 

Se os dois realmente sobreviverão até a eleição, só o tempo dirá, mas é bem verdade que o nome da dupla no radar já anima a militância dos cambaleantes PT e MDB. Zeca tem como motivação a candidatura do seu amigo pessoal, como gosta de dizer, Luiz Inácio Lula da Silva, à presidência. Já Puccinelli alega que foi perseguido e também pode surfar na onda de Lula, que tem dias no presídio no histórico recente, mas com alegação de inocência.

Há quem diga, dentro do próprio PT, que Zeca não será candidato e está usando a oportunidade para uma vitrine à candidatura a deputado estadual. Já Puccinelli tem como entrave os processos que na última eleição o impediram de ser candidato, levando-o, inclusive, a prisão, que o fez rever o discurso de que se tornaria um aposentado e “vovotorista dos netos”. 

De certo, o que temos para o momento, é o nome dos dois grandes protagonistas das eleições de Mato Grosso do Sul nas últimas décadas no radar e promessa de muito barraco. É bem verdade que o temperamento mais explosivo de ambos já está mais ameno, seja pela maturidade dos mais de 60, ou pelo poder que já não é mais o mesmo. Todavia, quem já viu os dois no ápice da briga pelo maior cargo político do Estado fica à espera de muito barraco, que provoca grande rivalidade, mas também momentos que beiram o hilário. 

A ORIGEM

A rivalidade de Zeca e Puccinelli começou em 1996, na disputa pela prefeitura de Campo Grande. Puccinelli ganhou por uma diferença de 411 votos e inaugurou uma rivalidade que protagonizaria a política sul-mato-grossense por muitos anos. Zeca alegou que houve fraude na eleição, onde segundo ele, até defunto votou. Dois anos depois, ele foi eleito governador e MS se tornou palco de muito barraco entre os dois “caciques” da política no Estado. 

Zeca foi governador por quatro anos e disputou a reeleição sem Puccinelli, que ficou na Prefeitura de Campo Grande por oito anos. Na época, muita gente torceu pelo embate, que não aconteceu. Zeca foi reeleito ficou no governo por oito anos. Sem Zeca, Puccinelli enfim concorreu ao Governo do Estado, eleito e reeleito. 

No Governo, Puccinelli acusou Zeca de quebrar o Estado. O petista, por sua vez, chamava Puccinelli de ditador e o acusava de conseguir casas e favorecer apenas seus “cupinchas”. Foram anos de acusações e troca de farpas, até que se reencontraram na disputa pelo Governo do Estado em 2010, quando Puccinelli conseguiu vencer, garantindo a reeleição. Zeca alegou que foi traído dentro do próprio partido, acusando Delcídio do Amaral, candidato ao PT no Senado, de trabalhar por Puccinelli. 

Após a derrota, Zeca ficou sumido, por um tempo, e focou seu tempo nas brigas internas no PT, desta vez contra Delcídio do Amaral. Ele voltou a cena política em uma surpreendente candidatura ao cargo de vereador, em 2012. O anúncio da candidatura aguçou a língua do rival, André Puccinelli, que na época chegou a dizer que cortaria o próprio saco se o ex-governador tivesse 30 mil votos. Zeca não teve 30 mil, mas foi o vereador mais votado na ocasião, repetindo o feito na eleição seguinte, quando se tornou o deputado federal mais votado do Estado, em 2014. 

Hoje, nenhum dos dois têm mandato, mas não falam em aposentadoria e são, mesmo 20 anos depois do primeiro grande embate, as estrelas e esperança de retomado do poder de MDB e PT em Mato Grosso do Sul.

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