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Política

12/09/2016 15:02

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Apesar de insatisfação geral, vereadores garantem que são bem recebidos na comunidade

Com campanha eleitoral mais curta, parlamentares investem no corpo a corpo para conquistar votos

Os vereadores que entraram na disputa eleitoral e tentam se reeleger em 2016, estão satisfeitos quando o assunto é a receptividade do eleitorado em Campo Grande. Alguns até destacam mais dificuldades de se aproximar do eleitor em meio a escândalos envolvendo a classe política, mas a maioria garante que vem sendo muito bem recebida ao angariar votos pelos bairros. 

O vereador Edson Shimabukuro (PTB) está na lista dos que encontraram dificuldades para se aproximar do eleitorado, mas ressalta que ao apresentar os trabalhos que desenvolveu ao longo dos quatro anos como vereador da Capital, acaba recebendo a atenção da população, que está fiscalizando os atos de cada candidato.

De acordo com o candidato a reeleição, a mudança na lei eleitoral que proíbe visitas nas empresas tem dificultado a busca de votos. "A gente tem um trabalho de vários bairros que fazemos, construindo, temos uma Ong que faz esse trabalho nos bairros, isso tem ajudado a gente a fazer algumas reuniões. A chuva atrapalhou e, principalmente, essa questão de não poder visitar as empresas, isso limitou muito a gente porque nosso trabalho é junto com os funcionários das empresas, junto com os bairros”.

“Estamos caminhando com muitas dificuldades, mas estamos insistindo  porque temos um trabalho de quatro anos, estamos tentando, está difícil, os políticos estão desgastados. O eleitor, esse clima em nível nacional, estadual e municipal expandiu muito nessa questão dos escândalos, a população está cansada. Ainda temos sorte porque temos um trabalho sério e estamos insistindo, temos dificuldades, mas estamos caminhando", continua Shimabukuro.

Já o vereador Otávio Trad (PTB) afirma que acreditava que, diante dos escândalos de corrupção, o eleitor estaria mais 'arisco' e se surpreendeu com o resultado. "Para mim é um divisor de águas, muitas mudanças, primeira relativa à legislação e principalmente ao tempo, ao período eleitoral. No meu mandato todo sempre visitei minha  base e tenho sido bem recebido, intensificando a agenda conforme o chegar das eleições. Estou muito crente que vai dar tudo certo. Eu, antes do período eleitoral, achava que teria desgaste maior, mas reuniões estão cheias, pessoas participando, cobrando muito mais, mas participando muito mais e, a partir daí, conseguimos mudar essa visão da classe política, através do diálogo".

Para Chiquinho Telles, do PSD, o eleitor está atendo ao trabalho feito por cada parlamentar que já cumpriu mandato e a população está tomando conhecimento de que os vereadores tentaram executar o serviço, mas acabaram barrados pelo atual prefeito Alcides Bernal (PP).

"Olhamos no olho das pessoas, mostramos que a nossa parte foi feita, mas infelizmente a parte do Executivo não foi feita. Não temos um prefeito que executa o que solicitamos, por isso ele está derretendo nas pesquisas, porque as pessoas estão lá falando a verdade. Onde foi parar o IPTU de 2015? São R$ 225 milhões arrecadados. Onde está a taxa de iluminação pública? Vai começar agora com trabalhos, não tem desculpa, pessoas pagam impostos em dia", diz.

Segundo Chiquinho, os vereadores que percorrem o maior número de  bairros devem sair na frente ao tentar buscar a reeleição. "A população quer entender tudo que está acontecendo no meio político, está mais curiosa e vai votar após analisar o currículo do candidato. São assim as reuniões, explicamos o papel de vereador e prefeito, quem anda mais tem mais chance de reeleição ou eleição, mas quem não anda não tem como, não existe vereador bom sem prefeito bom, os poderes tem que ser harmônicos".

Conforme o parlamentar, o prefeito Alcides Bernal busca se reeleger, mas comprovou, em um ano de gestão, após voltar ao poder através de uma liminar, que não cumpre suas promessas. "Esse um ano dele, que ele voltou, nada foi feito de diferente, voltou prometendo reajuste de professores e não cumpriu nenhum deles, nem o tapa-buraco. Tapar buraco pode não dar voto pra ele, mas deixar aberto tira voto. Faz economia e não se aplica, a campanha esclarece mais o eleitor".

Já Carlão (PSB) garante que, mesmo tendo o nome citado na operação Coffee Break, não está enfrentando dificuldades na busca pelo diálogo e afirma que pretende visitar 400 famílias até o final da campanha eleitoral. "Nas casas, eu até comentei com minha esposa que estou emocionado, as pessoas me emocionam. Visito pessoas que ajudei e até agora, fiz poucas reuniões, acredito que hoje o trabalho de visitar família dá mais resultado. Mandei fazer jornais, as pessoas analisam o que fiz, tenho 400 famílias para visitar, beneficiadas em meu mandato com homenagens na Casa, questão de doença, formatura, eventos beneficentes que fiz mais 100, famílias que atendi com caixão, visito pessoas que ajudei".

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