Internado há duas semanas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica, Wellington Machado Couto, de 50 anos, enfrenta quadro clínico grave enquanto espera vaga em um hospital de Campo Grande. Sem diagnóstico definido, o paciente se desespera por conta da dor e implora por dose de morfina para poder suportar.
Com dores intensas no peito e na cabeça, tosse persistente e um caroço no pescoço, ele permanece isolado, recebendo medicação intravenosa, mas sem apresentar melhora, segundo a irmã, Waldineyde Machado, 42 anos.
Conforme os familiares, há suspeita de acúmulo de líquido no pulmão, e a medicação aplicada já não tem surtido efeito.
Em áudio enviado a família, Wellington descreve o que sente e implora por ajuda. “A dor está sendo mais forte do que eu. A vontade que sinto é de me jogar na frente de um carro e acabar com essa dor”, disse. No mesmo relato, ele afirma que a dor retorna em poucos minutos após a aplicação dos medicamentos e pede o uso de morfina para conseguir suportar o sofrimento.
Ainda conforme a família, os médicos da UPA recomendaram que fosse acionada a Defensoria Pública, para garantir uma vaga em hospital da rede pública. Até o momento, no entanto, Wellington segue internado na unidade de pronto atendimento, sem previsão de transferência.
Enquanto aguarda definição por parte da regulação do SUS (Sistema Único de Saúde), Wellington permanece internado na UPA.
A reportagem procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para comentar o caso e esclarecer se há possibilidade de transferência para hospital ou aplicação de medicação mais eficaz, como a morfina, ainda na UPA e aguarda retorno.
Em resposta ao caso, a secretaria apenas disse que:
A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) informa que o paciente está com quadro clínico estável e segue recebendo toda a assistência necessária pela equipe da unidade de saúde. No momento, aguarda a disponibilização de vaga para transferência a uma unidade hospitalar.