Em dez meses, a vida de Valdeci Ferraz da Silva virou um pesadelo. Pai do Wesner da Silva,17, morto em fevereiro deste ano após ter uma mangueira de ar de introduzida no ânus em um lava-jato, agora, a vida dele piorou ainda mais depois da sua única filha mulher, Adriele de Fátima Soares Silva, 27, ter o corpo incendiado pelo marido no último sábado (9).
Ambos vítima da violência, Valdeci que passa por um tratamento para combater um câncer pede justiça e paz na sociedade. "Estou passando por um momento difícil, primeiro foi meu filho que passou por uma barbárie e agora minha filha, minha única filha mulher", lamentou o pai.
Valdeci pede agilidade para o caso de Adriele e sonha com o dia de ver o suspeito de cometer o crime, esposo da vítima, identificado como Gilson Ferreira da Silva, 31, atrás das grades.
"Na morte do meu filho demorou, e agora, com a minha filha não está sendo muito diferente. Peço agilidade para a polícia e que os policiais consigam colocar esse assassino na cadeia", desabafou.
(Marido de Adriele e suspeito de colocar fogo no corpo da esposa.)
Pai de sete filhos, Adriele foi a única menina de Valdeci e ele se emociona a falar da jovem. "Por ser a única filha, ela acaba sendo o 'xodózinho'. É muito triste o que estou passando e por estar em um tratamento difícil na minha vida, não consigo ajudar muito, já que fico a maior parte do tempo no hospital. Meus outros filhos e irmãos da Adriele que estão tomando conta da situação, ajudando no que podem", ressaltou.
Caso Adriele
Adriele está em estado gravíssimo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa. Ela teve 25% de seu corpo queimado que atingiu toda parte superior, deixando inclusive seu rosto completamente desfigurado. A mulher foi atacada pelo esposo que colocou fogo na jovem no último sábado (9), no Bairro Ramez Tebet, em Campo Grande. Gilson está foragido.
Caso Wesner
Wesner da Silva, 17 anos, que morreu em fevereiro deste ano, após ter uma mangueira de ar introduzida no ânus por colegas de trabalho em um lava-jato. Ele chegou a ficar internado, mas acabou não resistindo e morreu no hospital.
Deam
A equipe de reportagem entrou em contato com a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que investiga o caso sobre a Adriele, mas até o fechamento dsta matéria as ligações não foram atendidas.