Mãe de uma menina de 8 anos desabafou sobre a demora no atendimento à pequena, que estava com febre, na manhã e tarde desta quarta-feira (24), no Centro Regional de Saúde do Coophavilla II, em Campo Grande. A adulta registrou doentes aguardando consulta deitados no chão.
A mulher conta que chegou à unidade por volta das 9h e passou pela triagem, que disse ter sido rápida.
''O problema é o médico chamar, né? Esse é o problema'', lamentou. Ela disse que a garota só foi atendida porque foi até à sala da enfermeira e reforçou que a filha estava com febre.
''... a explicação que eles deram é que não tinham o que fazer, porque os médicos de plantão estavam intubando um paciente'', informou a mulher. Ela detalhou que a menina só foi consultada por volta de meio-dia e meia.
Ainda de acordo com o relato, a menina voltou a ter febre após a consulta. Ela teria ouvido que uma unidade móvel estaria se deslocando para atender a filha, mas não foi até o local.
''Então, é muito triste, né? Você vir pro atendimento e a explicação que eles dão é que tem paciente sendo intubado'', desabafou novamente a acompanhante.
A denunciante acrescentou que há pacientes idosos e cadeirantes, além de outras crianças em situação ruim no CRS. Um dos casos, diz a mulher, é de uma mãe que estava com um bebê de cinco meses com dor de ouvido e o atendimento demorou muito. Também havia uma idosa em uma cadeira de rodas aguardando ser chamada.
Aos funcionários do CRS, a denunciante disse ter entendido a demora por causa do paciente intubado, mas questionou sobre mais médicos na unidade.
''Põe um médico para atender as outras pessoas aqui... é simples'', refletiu a mãe. Até às 16h, a mulher ainda não havia deixado a unidade.
Resposta
A Sesau disse que o quadro de profissionais estava completo nesta quarta-feira, com cinco clínicos no atendimento. Mesmo com a alta demanda, todos os pacientes estavam sendo atendidos no tempo protocolar, que é de até 4 horas para casos menos graves.
A secretaria detalhou que, nesse tipo de unidade, assim como em UPAs, os casos mais graves são atendidos primeiro e não por ordem de chegada. Na nota, a Sesau observa que a unidade atende quem chega pela porta da frente da unidade e também pacientes internos, que necessitam de observação periódica.
Outro ponto destacado pela secretária é o caso das situações de emergência, onde há pacientes que precisam ser intubados, por exemplo, o que exige o revezamento dos profissionais de saúde entre as salas de consulta e o setor de emergência.
Por fim, o órgão disse que foram implementadas equipes de apoio para atuarem naquelas unidades mais sobrecarregadas de pacientes.