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Saúde

24/12/2017 07:00

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Pacientes diabéticos ficam sem insulina e recorrem a doações para continuar tratamento

Prefeitura alega estoque limitado, mas nega falta de medicamentos mais baratos

Jessye Ane de Souza Lima tem 22 anos e metade da vida ela tem ao seu lado uma companheira inseparável: a insulina. Ela representa milhares de pessoas na Capital, que não estão conseguindo acesso ao medicamento pela rede pública, e que estão preocupadas com a continuidade do tratamento para diabetes, que é uma doença crônica.

“Eu uso R$ 1.020 reais em só uma insulina, a outra que está faltando é R$ 200 e estamos nos apoiando em grupos, conseguindo doações até de outros estados, fazendo ações entre amigos, mas é uma luta diária para conseguir dar seguimento ao tratamento”, explica Jessye, que atua junto a um grupo de mães e portadores de diabetes na Capital.

Segundo ela, a maioria das famílias não tem condições de comprar e, por isso, a ajuda mútua é essencial para quem vive a situação. “Conseguimos doações até do Estado do Paraná e de outras cidades, porém é um direito nosso ter acesso ao medicamento”.

As mães têm medo de se identificarem, mas muitas necessitam. “Minha filha usa e quando não tem, os parentes ajudam a comprar, ajudam como podem, fazemos rifas e assim vamos seguindo”. A reclamação é que está sempre faltando.

“Não há regularidade na entrega e isso prejudica o tratamento”, explica a mulher que tem uma filha de nove anos, que necessita da insulina.

Em março deste ano uma reportagem do TopMídiaNews já havia mostrado a dificuldade dos pacientes em conseguir o medicamento que tem a distribuição feita por determinação judicial.

E quem está sempre em busca confirma o atraso. “Há meses que não tem regularidade, que atrasam as entregas, entregam um pouco e param. Mas não é possível fazer o tratamento aos poucos, é contínuo”, explica Jessye Ane.

Prefeitura diz que estoque está limitado

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Campo Grande, o tratamento a pacientes com diabetes é ofertado na Rede Pública de Saúde por meio dos programas desenvolvidos na Rede de Atenção Básica, em que os pacientes têm acesso a duas medicações:  insulina humana (NPH) e Regular, integradas à Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) e fornecida gratuitamente aos pacientes. Estes medicamentos não estão em falta, sendo os mesmos fornecidos regularmente aos pacientes. 

"Contudo há medicamentos que estão fora da lista da REMUME que, em sua maioria, são de alto custo, como é o caso da Insulina Lantus, que são ofertados somente através de decisões judiciais. O fornecimento destas medicações (Insulina Lantus, Apidra Tresiba, entre outras de ação rápida) está limitado por conta do baixo estoque", informou sobre os medicamentos que são conseguidos por meio de determinação judicial.

De acordo com a nota enviada pela assessoria, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, está finalizando todos os processos burocráticos de aquisição dos mesmos a fim de garantir que a população não fique desassistida e o fornecimento seja normalizado ainda em janeiro. No caso da insulina Lantus, por exemplo, o processo de compra prevê a aquisição de medicamentos para atender toda a demanda por 12 meses, o que vai garantir que não haja intercorrências e eventual desabastecimento.

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