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Campo Grande

22/02/2019 19:00

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Desenho de cientista mulher emociona professora e mostra sonho de igualdade nas profissões

Atividade em escola de Campo Grande incentivou conversa com crianças sobre a importância da representatividade

O que era para ser uma simples atividade de desenho em sala de aula se transformou em momentos de reflexão entre a professora de ciências Ana Oliveira e seus alunos em Campo Grande. A ideia era ver como as crianças enxergavam a representação de um profissional cientista, que normalmente aparece na figura masculina.

A atividade foi proposta em duas escolas estaduais que leciona, Maestro Frederico Liebermann e João Carlos Flores. Se trata de uma experiência em que a professora leva quase como uma estatística da representatividade no imaginário coletivo, e que abre para conversas sobre o assunto com as crianças que têm entre 10 e 12 anos de idade.

“A atividade foi para iniciar o ano letivo, para que os estudantes possam pensar como e o que é a Ciência e como são os cientistas. Tem o objetivo de popularizar a ciência e despertar nos estudantes o interesse pela ciência. Já desenvolvi esta mesma atividade com adultos e o resultado é parecido, escrevi um artigo na época. Fiz em três salas a mesma atividade e, em todas, apenas dois ou três estudantes desenharam a mulher”, conta.

Ana busca despertar essa consciência nos alunos e propõe ainda um exercício de discutir sobre todos os papeis ocupados na sociedade, não somente os que a mulher não aparece no senso comum. Outro fator que é observado pela professora é o racismo, ainda que de forma inconsciente, sem maldade na cabeça das crianças.

“A maioria representa o que vê em desenhos ou filmes e geralmente são homens mesmo. Um dos objetivos desta atividade é justamente discutir porque temos um modelo pronto de cientista. Não aparecem negros, por exemplo”, conta.

A preocupação para que estes postos na ciência sejam ocupados também por mulheres já foi, inclusive, tema de pesquisa pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Conforme o órgão, mulheres e meninas correm o risco de ficar para trás nas áreas científicas e tecnológicas, caso os países não ponham em prática medidas que incentivem essa participação.

Na sala de aula, na Capital de Mato Grosso do Sul, Ana cumpre seu papel e orgulha-se em publicação em rede social. “Quando você pede aos seus alunos (crianças) para desenharem um cientista... e aparece uma mulher”.

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