Atual defensor da moralidade pública, o deputado estadual reeleito João Henrique Catan (PL) esconde no tapete polêmicas do passado. Legal – mas justamente com a dita moralidade questionável – Catan teve a irmã da então noiva, hoje esposa, nomeada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, justamente quando já era parlamentar na mesma Casa.
Catan, dito representante da nova política e apoiador de Capitão aposentado Contar (PRTB), é ainda neto do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Marcelo Miranda.
Fabiana Domingos Gonçalves Moleiro assumiu no dia 1º de abril de 2019 o cargo em comissão de Assessora Técnica Legislativo, símbolo PLAI.03.02, do quadro de pessoal da casa legislativa. Após denúncia do TopMídiaNews, acabou exonerada menos de um mês depois.
Fabiana é irmã de Juliana Domingos, noiva à época do deputado estadual João Henrique Catan. Hoje Juliana e o parlamentar são casados. Para se defender, na época o parlamentar falou que Fabiana não era cunhada, mas ‘futura cunhada’.
Em gravação, Catan, então deputado de primeira viagem, justificou que não pode incorrer em caso de nepotismo, mesmo se a cunhada trabalhasse no gabinete dele, pois oficialmente Juliana Domingos não era sua esposa.
Para completar as questões morais, o avô do deputado da nova política, Marcelo Miranda, chegou a ter os bens bloqueados. Ele é acusado de desvios da ordem de R$ 14 milhões na época que esteve à frente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa em razão de suposto esquema de desvio e apropriação dos recursos do DNIT mediante a fraude de medições de obras e serviços relacionados às rodovias BR-163/MS e BR-267/MS, o que acarretou enriquecimento ilícito dos réus e dano ao erário público.