O senador Nelson Trad Filho (PSD) continua com R$ 131 milhões em bens bloqueados por conta de uma determinação da Justiça de Mato Grosso do Sul, em janeiro deste ano. Ele e mais três pessoas de uma empresa foram alvos de ação do MPE (Ministério Público Estadual), que suspeita de fraude em licitações destinadas a recapeamento asfáltico e tapa-buracos.
Em contato com a assessoria de comunicação do parlamentar foi dito que o processo não teve andamento e que a determinação de 22 de janeiro ainda está mantida.
A decisão sobre o bloqueio de bens do senador e dos outros envolvidos foi tomada pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Homogêneos. A soma de bens bloqueados de todos eles chega a R$ 655 milhões.
O MPE acusa o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, de ter agido junto aos empresários e do então secretário de Obras, João Antônio de Marco, onde "praticaram atos de improbidade administrativa que resultaram em dano ao erário e atentaram contra os princípios".
Segundo o MPE, foram encontrados "indícios de direcionamento de licitações para empresas parceiras do esquema que fraudavam a realização do serviço de tapa-buraco e superfaturavam os contratos, desviando dinheiro público".
Na época da decisão, o juiz marcou para dia 2 de setembro a primeira audiência. O senador afirmou por nota, há sete meses, que as acusações eram infundadas: "os recursos serão interpostos e a verdade será restabelecida. Como já ocorreram em outras ações com acusações idênticas".