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Cidades

07/08/2018 13:10

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Longa espera e parto forçado prejudicaram Mikael e bebê teve apenas seis dias de vida

Pai da criança acredita em erro médico e pede justiça; família está consternada

Alegria transformada em luto. Assim foi a vinda ao mundo do pequeno Angelo Mikael. Quem conta a história é o pai, Luis Angelo da Silva Marques, 28 anos, que perdeu o filho e acredita ter sido erro médico.

Segundo o técnico agrícola, tudo começou quando a esposa entrou em trabalho de parto por volta das 9h do último domingo, 29 de julho, em Nioaque, cidade distante 171 quilômetros de Campo Grande. A mãe perdeu líquido por cinco horas até conseguir ser transferida para o Hospital Elmiria Silvério Barbosa, em Sidrolândia.

“Ela perdeu muito líquido, quando foi transferida já não tinha mais líquido, o que prejudicou o bebê. Mesmo assim, eles induziram o parto, minha esposa passou horas de sofrimento até conseguir fazer o bebê nascer. Ele nasceu às 21 horas, mas, infelizmente, ele tinha feito cocô na barriga da minha esposa. Ele engoliu e aspirou as fezes e nasceu sem reação neurológica, com batimentos cardíacos fracos e foi levado em estado grave para Campo Grande”, relembra o pai.

Luis explica que foi a sogra quem acompanhou o pequeno Angelo Mikael até a maternidade Cândido Mariano. De acordo com ele, no caminho, os médicos aplicaram adrenalina próximo ao joelho do bebê. “Necrosou onde eles aplicaram, não conseguimos entender porque eles aplicaram aquele medicamento ali. O erro começou em Nioaque e depois em Sidrolândia, eu queria entender porque eles não transferiram minha esposa às pressas. Meu filho morreu na maternidade Cândido Mariano, mas eu não acuso os profissionais dali, mas eu sei que teve erro na demora, que começou na cidade onde moramos, Nioaque”.

O bebê faleceu na última sexta-feira (3) e o pai afirma que outras famílias não podem ser vítimas do mesmo erro. “Eu quero que as famílias fiquem atentas, hoje nós choramos a perda do nosso filho e amanhã outras pessoas podem enfrentar a mesma situação. Eu queria entender porque demoraram tanto para tomar providência, se fosse cesárea, meu filho estaria aqui comigo hoje”.

Questionado sobre o estado de saúde da esposa, Luis ressalta que a família enfrenta dias complicados. “Ela está em choque, muito triste, nós preparamos uma nova vida para dividir com nosso filho e agora não temos ele. Ela passou por um parto normal, está se recuperando, mas infelizmente não podemos ter a alegria que tanto esperávamos”.

O TopMídiaNews entrou em contato com o hospital Elmiria Silvério Barbosa, em Sidrolândia, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.

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